13 de setembro de 2004 - 10:04

Produtores de soja pressionam o Ministério da Agricultura

Produtores de soja em todo o país pressionam o ministério da Agricultura por uma decisão sobre as sementes modificadas em laboratório.

A plantação e venda de soja transgênica foi liberada na safra passada por vontade do governo. Mas a decisão final é do Congresso, que ainda não aprovou a Lei de Biossegurança.

É uma corrida contra o tempo. A soja precisa começar a ser plantada até o início de outubro. Caso contrário, a safra fica comprometida por causa do período de chuvas. Duzentas mil sacas de sementes transgênicas, modificadas em laboratório, estão estocadas à espera de uma definição do governo - se o plantio vai ou não ser autorizado.

No Rio Grande do Sul, principal estado produtor de soja transgênica, a preocupação é grande.

"Sem dúvida, o Rio Grande do Sul depende de uma medida provisória urgente. Para que a safra do não seja comprometida, é preciso liberar a soja transgência para ser plantada", afirma o Vice-presidente da Federação de Agricultura, Vitor Marasca.

A solução para os produtores seria a aprovação pelo Congresso da Lei de Biosseguranca, que trata da produção e comercialização de transgênicos.

O problema é que o assunto é complexo demais para ser aprovado nesta semana em que os deputados e senadores fazem uma pequena pausa nas campanhas municipais para participar de votações no Congresso.

Como o regimento interno do Senado proíbe que o projeto seja fatiado para se aprovar apenas o artigo que prorroga por mais um ano a autorização de plantio dos transgênicos, o governo vai tentar nesta segunda-feira encontrar uma saída.

O que o Palácio do Planalto quer evitar a todo custo é ser obrigado a editar uma medida provisória.

O relator do projeto é o responsável por encontrar uma alternativa que poupe o governo e salve os produtores de soja.

¿Nós precisamos preservar a autonomia do Senado e da Câmara fazendo as leis aqui, não aguardando uma medida provisória que é ruim para o governo, para o Senado, para a Câmara, ou seja, é ruim para todos nós", diz o relator do projeto de Biossegurança Ney Suassuna.
 
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