O ex-governador Zeca do PT marcou para depois da Páscoa seu reaparecimento público no Estado. O retorno vai ocorrer quase três meses e meio depois de o ex-governador sair do cenário político, alvejado por denúncias de supostas irregularidades na administração de recursos públicos – teria privilegiado empreiteiras com o pagamento de mais de R$ 300 milhões ao final do governo, deixando em aberto os salários de dezembro do funcionalismo e dívidas de curto prazo com a União que totalizariam outros R$ 400 milhões.

A volta de Zeca do PT não implicará, no entanto, e uma acomodação sua em cargo público. Planeja atuar como consultor, ao lado do suspeito de corrupção e ex-deputado federal José Dirceu, nas áreas de etanol e biodiesel.

Até então calado com relação às suspeitas de usar de forma irregular verbas públicas, Zeca do PT, no entanto, deverá ser obrigado a responder várias indagações da imprensa e da própria Justiça, acerca dos supostos desvios de conduta.

A primeira indagação será sobre justamente as áreas em que quer atuar como consultor. Pesam denúncias contra ele de favorecimento a empresários dos ramos do etanol e biodiesel, como benefícios fiscais para esses empreendimentos se instalarem no Estado. Os benefícios teriam sido justamente concedidos para facilitar a entrada do ex-governador no ramo, fato que lhe garantiria polpudas gratificações pelo assessoramento.

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