31 de mar�o de 2007 - 08:00

Aeroportos amanhecem cheios em meio á ressaca da greve

 

Os aeroportos brasileiros amanheceram em clima de ressaca neste sábado (31), depois de uma noite e um início de madrugada turbulentos que marcaram o ápice da crise aérea no Brasil. Após negociação em que saíram vitoriosos na queda-de-braço contra o governo, os controladores encerraram a greve no início da madrugada e voltaram ao trabalho na manhã deste sábado.

Depois dos transtornos gerados pela paralisação, que resultou no fechamento de todos os 49 aeroportos do país para decolagens e em tumultos entre passageiros e funcionários de empresas aéreas, a situação nos principais aeroportos é menos confusa na manhã deste sábado, embora haja movimentação intensa de passageiros para remarcar as viagens canceladas na noite desta sexta-feira.

Em São Paulo, os aeroportos amanheceram lotados. O Aeroporto de Congonhas, o complexo aéreo mais movimentado do país, reabriu às 5h30 ainda em meio ao caos. Saguão, balcões das companhias aéreas, lanchonetes e salas de embarque permanecem lotadas nesta manhã.

As filas saem do prédio e já chegaram à calçada. Centenas de passageiros dormiram no aeroporto paulistano, na esperança de conseguir um lugar nos vôos da manhã deste sábado. As filas para remarcação de passagens chega ao lado de fora do aeroporto.

No Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, cerca de 500 pessoas dormiram nos saguões aguardando embarque nos vôos. O Aeroporto Santos Dumont cancelou todos os vôos por volta da meia-noite. As viagens, principalmente ponte aérea, foram remarcadas para a manhã deste sábado.

AQUARTELAMENTO

Depois de uma sexta-feira (30) confusa nos aeroportos e de um dia de intensas negociações, os controladores de vôo se aquartelaram na sede do Cindacta-1, em Brasília, e por volta das 18h40 iniciaram a paralisação das operações de decolagem nos aeroportos de São Paulo, Rio e Minas Gerais.

A paralisação gerou um efeito cascata e por volta das 20h, com nova pane nos equipamentos, todos os 49 aeroportos do país estavam fechados. Apenas aviões que estavam no ar eram autorizados a pousar.

Durante o dia, o Ministério Público Militar chegou a anunciar a prisão de 18 controladores aquartelados no Cindacta-1. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a bordo do avião presidencial rumo aos Estados Unidos, onde hoje se reúne com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ordenou que a prisão dos controladores fosse abortada.

 

G1