A derrota para o Santos e o fim iminente de qualquer possibilidade de classificação no campeonato paulista levaram o clube a uma nova crise. O técnico Leão entrou de vez na mira do presidente Alberto Dualib.

Ontem à noite, um de seus vice-presidentes mais próximos revelou que a decisão de demitir o treinador pode ser adiada até o final do Paulistão, mas já se pensa até em quem será o novo técnico. O nome mais cotado: Vanderlei Luxemburgo, atualmente no Santos.

O ambiente político do clube esquentou de vez. Dualib não conta mais nem o apoio da atual diretoria. O que incomoda vários VPs é a presença incômoda - para eles - do empresário Renato Duprat e, como não é nenhum segredo, torce para o Santos, não tem nenhum cargo no Corinthians, mas toma decisões na área de futebol profissional e amador, compra e vende jogadores e ainda discute as questões financeiras.

Dualib não costuma chamar seus aliados para encontros coletivos. Nas raras vezes em que isso ocorreu nas últimas semanas, ele foi alertado sobre as conseqüências ruins de ficar tão colado a Duprat.

Hoje, quando o técnico Leão disse em entrevista coletiva que aceita críticas apenas de Dualib, do vice-presidente de futebol, Nesi Cury, do diretor de futebol, Edvar Simões, e do gerente do departamento, conhecido como Beto, ele descolou de vez seu nome ao de Duprat. Até a semana passada, os corintianos achavam que Emerson e Renato eram amigos.

Para resumir a situação: enquanto Dualib, Nesi Cury e o próprio Renato Duprat pensam em trocar de treinador, o presidente fica cada vez mais isolado porque não abre mão da influência do representante do fundo MSI no clube, Renato Duprat.

Para complicar, uma ala da diretoria defende a saíde de Leão, mas quer um treinador mais barato que trabalhe com os jovens vindos da base do clube. O motivo é simples: o Corinthians não tem dinheiro para bancar um elenco e um maestro de alto custo.

Se Luxa não quiser vir, o clube tentaria ainda Abel Braga, hoje no Internacional, e tem o gaúcho Tite como opção.

 

 

Terra Redação