Michael Schumacher foi polido. Mas colocou o dedo na ferida.

Vencedor de 12 das 14 etapas do ano, o alemão foi questionado em Monza se ajudaria Rubens Barrichello a triunfar pela primeira vez nesta temporada. Respondeu: "Não acho que ele precise de minha ajuda. Mas, se puder auxiliá-lo em algo, o farei".

Tudo o que o brasileiro quer evitar é a impressão de que está sendo ajudado. Mas talvez precise disso nos três próximos GPs.

O fato é que Barrichello vive uma situação incômoda nas corridas da Itália, China e Japão. Ele busca vencer de qualquer forma para não correr o risco de chegar ao GP Brasil, última etapa do Mundial, no mês que vem, pressionado pela mídia e pela torcida.

Mais: não quer dar margens para que uma eventual vitória em Interlagos seja encarada como um "presente" de final de ano de Schumacher e da Ferrari.

"O Michael venceu 12 vezes até agora, eu não venci nenhuma. Sei que me falta uma vitória. Mas seria mais justo falar num 10 a 2. No Canadá, só faltou eu conseguir ultrapassá-lo. Nos Estados Unidos, fui penalizado pelo sistema de relargada, estava lento na pista, e ele me passou", declarou o brasileiro, tentando, sem muito sucesso, amenizar a desvantagem.

Desde que chegou à Ferrari, Barrichello venceu sete vezes. E assistiu a 47 vitórias do alemão.

Como ferrarista, apenas em 2001 o brasileiro fechou o Mundial sem nenhuma vitória.

 

Folha Online