Embora seja o preferido da bancada ruralista na Câmara Federal e conte com o apoio de entidades ligadas ao agronegócio, a indicação de Moka é tida como improvável em virtude do “passado de oposição” ao PT em Mato Grosso do Sul e em âmbito federal. O ex-governador Zeca do PT, primo de Moka, também teria dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a indicação dele prejudicaria o PT no Mato Grosso do Sul e as articulações para as eleições de 2008.

Puccinelli confirmou ontem que tem mantido conversações em favor de Moka com o presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), o Ministro da Educação, Tarso Genro, o deputado federal Tadeu Filipeli (PMDB-DF), que também estava na lista dos cotados ao Ministério da Agricultura, e o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Em Brasília, o governador espera "reforçar" o lobby pró-Moka.

Contudo, é dada como certa em Brasília a indicação do deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR), ex-ministro da Previdência no governo Fernando Henrique (PSDB).

Puccinelli critica a escolha: “Ele entende é de Previdência. Para a Agricultura, o Moka é o mais capacitado”, afirmou. O presidente Lula deve anunciar hoje o novo ministro.

Além das articulações em favor de Moka, Puccinelli deve se reunir com técnicos do Tesouro Nacional para discutir a renegociação da dívida do Estado com a União, de R$ 6 bilhões. Logo depois, o governador deve retornar a Campo Grande.

Mìdia Max