23 de dezembro de 2006 - 10:30

Produção de peixes aumenta 35% na região da grande Dourados

A Piscicultura na região da Grande Dourados dá um salto na produtividade. A safra 2004 responde por 60% da produção de todo Estado de Mato Grosso do Sul, com 3 mil toneladas de alevinos. A Cooperativa de Aquicultura Mspeixe, que executa o Arranjo Produtivo Local (APL), estima um incremento em torno de 35% para 2007.

Na manhã de ontem, representantes da Mspeixe e o presidente da cooperativa, Ademar Ferreira, estiveram reunidos na Embrapa com o chefe da unidade, Mário Urchei; o diretor Frederico Valente, do Ministério da Integração Nacional; João Sotoya e Antônio de Souza Oliveira, da Secretaria de Produção e Turismo (Seprotur). De acordo com o técnico executivo da APL, Olavo Fritzen, o grupo avaliou e fez projeções para o setor que a partir de agora investe na implementação de uma unidade abatedoura de peixes no município de Dourados.

Um único frigorífico na região, o Mar & Terra (Itaporã) compra em larga escala toda a produção de Tilápia, que tem carne saborosa, baixo custo e se reproduz mais rápido, em torno de sete meses. O produto é exportado para a Europa. Com o abatedouro de Dourados, a ser implantado em área cedida pela prefeitura, e localizada em frente à Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorin Costa (PHAC), a esperança é escoar a produção de outras espécies como o Pintado e Pacu.

O projeto já tem um primeiro aval da Secretaria de Agricultura para a construção, ano que vem, da unidade de processamento, que dará aos produtos a certificação do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Fritzen lembra que todo trabalho vem sendo viabilizado contando com recurso na ordem de R$ 448.920,00, liberado pelo Ministério da Integração, para a safra 2006/2007.

A verba possibilita meios para o trabalho dos técnicos que prestam assistência a todos os produtores, independente de serem filiados ou não à Mspeixe. Parte do que eles produzem vai para o abatedouro de Itaporã; o restante abastece com peixes vivos os pesque-pagues da região. De olho no aumento da produção profissional, a cooperativa também investe no consumidor. “O Brasil é fraco em consumo de peixes. E o Mato Grosso do Sul não é diferente”, diz o executivo da APL que já está trabalhando com políticas junto a setores, como o da Educação.

A polpa de peixe, incluída na merenda escolar, está ajudando a formar uma nova geração, capaz de sustentar este mercado promissor. A Mspeixe, fundada em 2003, nasceu a partir de um projeto da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (ACED) para “unir os iguais”. O presidente Ademar Ferreira diz que a cooperatira ajudou a fortalecer os negócios como também a detectar os gargalos e solucionar os problemas dos cerca de 72 piscicultores atendidos pela cooperativa.

 

 

Dourados Agora

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