12 de dezembro de 2006 - 16:15

SES implanta sistema de Telemedicina em 65 municípios de MS

A Secretaria de Estado de Saúde está implantando um sistema de Telemedicina, em 65 municípios de Mato Grosso do Sul, que vai possibilitar atendimento de urgência e emergência a pessoas que procurarem o Sistema Único de Saúde com problemas cardiovasculares. O contrato, com valor de 962 mil reais por ano, foi assinado hoje com a empresa ITMS Telemedicina do Brasil, de Uberlândia – MG.

O novo sistema tem previsão para ser efetivamente implantado na primeira quinzena de janeiro de 2007, quando os municípios receberão 81 equipamentos portáteis de eletrocardiograma, que ficarão conectados diretamente em internet, telefones celulares ou telefones fixos, dependendo da realidade operacional de cada município. O objetivo é enviar a leitura do exame em tempo real a uma central que ficará localizada em Campo Grande, operando com 5 cardiologistas em regime de plantão, com a meta de fornecer em 5 minutos, laudo e diagnóstico ao paciente.

Atualmente, 37% das mortes que acontecem no Estado são ocasionadas por doenças cardiovasculares, sendo que 70% dessas mortes ocorrem antes que os pacientes cheguem ao hospital.

A meta, com a implantação do sistema, é reduzir em 60% as internações desnecessárias e evitar deslocamento de pacientes que hoje têm um custo de aproximadamente 500 reais (por 100 Km) ao estado, descentralizando este serviço de alta complexidade.

A princípio, os 81 aparelhos serão distribuídos de acordo com a densidade populacional de cada cidade, nos hospitais e Unidades de Saúde. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 7% da população de MS tem diabetes e 20%, hipertensão, o que aumenta o risco de doenças cardíacas.

Com base em experiências realizadas em outros estados, Mato Grosso do Sul deve economizar com esses exames em torno de 10% do orçamento da saúde, já que um dos maiores responsáveis pelos gastos desnecessários é a má triagem de pacientes que acaba gerando custos em transporte e internações.

Segundo a SES, a expectativa inicial é de realizar 5 mil atendimentos por mês, que devem ir aumentando gradativamente com a rapidez e praticidade do diagnóstico.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Matias Gonsales Soares, “a assinatura deste contrato, além de economia aos cofres públicos, vai permitir que muitas pessoas, que teriam dificuldade em fazer o exame e receber um diagnóstico em alguns dias, saibam qual é seu estado clínico em 5 minutos. A possibilidade de implantar esse sistema é apenas o primeiro passo para informatização da medicina no interior do Estado e implantação de uma central de dados sobre cada paciente”, complementou o secretário.
 
 
 
 
APn