6 de dezembro de 2006 - 14:00

Aumenta em 45% consumo de produtos pirateados

O dinheiro movimentado pelo do comércio de roupas, tênis e brinquedos piratas no Brasil cresceu 45% em um ano, passando de R$ 16 bilhões, em 2005, para R$ 23,2 bilhões. Esta é a conclusão de uma pesquisa do Ibope divulgada nesta quarta-feira, em São Paulo, pela Associação Nacional para Garantia dos Direitos Intelectuais (Angardi).

Os resultados nacionais indicam que 12% da população brasileira compra brinquedos no mercado informal e 24% compra roupas piratas, ou seja, cerca de um em cada quatro brasileiros compra roupas no mercado informal.

De acordo com a Angardi, a pirataria de produtos nestes três setores tira do país pelo menos R$ 18,6 bilhões anuais em arrecadação de impostos, valor que seria suficiente para cobrir 45% do déficit da Previdência Social.

“A pirataria, definida como “o crime do século” pela Interpol, é um dos crimes mais lucrativos do mundo e movimenta anualmente entre US$ 500 a US$ 600 bilhões, superando o tráfico de entorpecentes (US$ 360 bilhões)” alerta José Henrique Werner, diretor da Associação.

A pesquisa foi encomendada pela Angardi, pela Câmara de Comércio dos EUA e o Conselho Empresarial Brasil Estados Unidos (seção americana). Foram feitas 1.715 entrevistas, com moradores das cidades de Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte acima citadas, com idade acima de 16 anos. Desse total, 602 entrevistas foram realizadas em São Paulo e Rio de Janeiro e 511 em Belo Horizonte.

O levantamento aponta que cerca de 74% da população pesquisada continua comprando com freqüência, às vezes, ou já comprou produtos piratas. Houve uma redução neste índice em Belo Horizonte e Rio de Janeiro (84% para 76% em BH, e de 78% para 75%, no RJ), enquanto em SP houve um pequeno aumento.

Houve uma ligeira melhora na conscientização dos entrevistados quanto aos malefícios da pirataria (contribuição para a sonegação fiscal, diminuição de investimentos em setores como a educação, saúde, etc., e inibição de novos investimentos para geração de empregos). Mesmo assim, 50% continua, comprando CD’s piratas.

 

 

O Dia Online