28 de novembro de 2006 - 09:42

Controladores teriam omitido "quase-colisão" em MG

Uma "quase-colisão" entre duas aeronaves no último sábado, por volta das 10h, pôs em alerta os quase 30 controladores e supervisores de vôo de plantão no Cindacta-1, em Brasília. Perto de Poços de Caldas (MG), um avião TAM (vôo 3501), que ia do Recife para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, passou a 3,5 milhas do BRA (vôo 9904), que saiu de Guarulhos para Goiânia. A distância mínima entre aviões na horizontal é de 5 milhas e na vertical é de um mil pés ou 300 metros.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, as aeronaves voavam uma em direção a outra, e o controlador só percebeu quando disparou o alarme visual anticolisão.

Segundo um dos controladores presentes, o episódio não foi registrado em um relatório de incidentes (RI). A medida teria sido usada para proteger o controlador. Conforme a testemunha havia perto de 14 aviões na tela, o limite pelos padrões internacionais, o que pode ter deixado o controlador atarefado.

Porém, um dos pilotos ainda pode relatar o ocorrido e, nesse caso, seria verificado que o controlador e o supervisor omitiram o caso.

De acordo com o Estado, o Centro de Comunicação da Aeronáutica foi não tinha informações sobre o caso até as 19h25 de ontem. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informou que, quando um caso não é relatado, é porque os aviões não ultrapassaram o limite mínimo de distância.

O chefe do setor técnico do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), brigadeiro Álvaro Pinheiro, explicou que o alarme no Cindacta é acionado bem antes de o problema se tornar realmente grave.

 

 

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