22 de novembro de 2006 - 14:30

Consumo dos mais pobres sobe 11% no governo Lula

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira mostrou que o consumo das classes D e E, que incluem famílias com renda de até quatro salários mínimos, aumentou 11% durante os quatro anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo a pesquisa "Consumo na Era Lula", o aumento ocorreu principalmente no consumo de alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza. O consumo da classe C (rendimento médio de quatro a dez salários mínimos) aumentou 8% e da classe AB (acima de dez salários mínimos), subiu 5%.

O estudo foi divulgado pela LatinPanel, maior empresa de pesquisa de consumo domiciliar da América Latina e ligada ao Ibope. Segundo a pesquisa, os brasileiros mais pobres também ampliaram a cesta de compras de 21 para 27 itens. Entre os produtos que passaram a ser consumidos estão suco em pó, massa instantânea, caldo para tempero, salgadinhos, leite longa vida, extrato de tomate e maionese.

"Além de ampliar o número de categorias, houve uma sofisticação da cesta de consumo na baixa renda", diz Margareth Utimura, diretora comercial da LatinPanel e coordenadora do estudo.

A LatinPanel informou também que 2,15 milhões de famílias de baixa renda migraram para a classe C. Em 2005, 44% das famílias pertenciam às classes D e E, com renda mensal de até quatro salários mínimos. Neste ano, essa porcentagem regrediu para 39%. "Foram 2,15 milhões de brasileiros que elevaram sua renda e posse de bens, ganhando destaque no consumo e ascendendo de classe social", aponta Utimura".

A empresa acompanhou o consumo semanal de 8,2 mil famílias do País entre janeiro de 2003 e agosto de 2006. A amostra representa 82% da população domiciliar do país e 91% do potencial de consumo do mercado local.

 

 

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