20 de novembro de 2006 - 10:28

Novilho Precoce deve abater 400 mil animais este ano em MS

Conforme dados da Secretaria de Estado da Produção e do Turismo (Seprotur), o Novilho Precoce repassou, até 30 de outubro, R$ 22,3 milhões em incentivo aos 3.200 produtores cadastrados no programa nos últimos oito anos. A meta este ano, segundo o secretário de Estado da Produção e do Turismo, João Cavalléro, é que o abate chegue a 400 mil animais precoces, o que representa aproximadamente 10% do total de bovinos abatidos no Estado. “É um produto que atinge mercados até então fechados para a pecuária nacional, pois o produtor passa a vender carne de qualidade e não arroba de boi”, atenta Cavalléro.

De acordo com os dados do Novilho Precoce, até o mês de outubro mais de 259 mil animais foram abatidos nos oito frigoríficos credenciados no Estado. Desses, 221 mil foram classificados como precoce – somando então um incentivo de R$ 4,2 milhões – atingindo um índice de eficiência de 85,15%. Embora os dados sejam parciais, o elevado índice de eficiência mostra que os criadores vêm se adequando às novas exigências de mercado.

Entre os animais abatidos como precoce – classificação determinada de acordo com a tipificação de carcaça – o maior índice é de machos, em torno de 171,4 mil cabeças (77,5%). Nesse caso os animais atingiram peso médio de 17,75 arrobas com incentivo médio de R$ 20,00 por cabeça, um repasse de R$ 3,4 milhão. No mesmo período as fêmeas somaram 49,4 mil cabeças com um peso médio de 13,75 arrobas e um incentivo médio de R$ 16,05 por animal, um total de R$ 793,6 mil.

Ainda com base nos dados, a maior parcela dos animais abatidos foi classificado na categoria dois dentes (permanentes), ou seja, obtiveram como incentivo uma redução de 50% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) vigente, somando repasse de R$ 1,9 milhão. Na seqüência ficaram as categorias quatro dentes (permanentes), com R$ 1,14 milhão e dente-de-leite (sem nenhuma queda), com R$ 1,12 milhão.

“O Novilho Precoce trouxe uma mudança para o comportamento tecnológico da bovinocultura no Estado. Hoje, o empreendedor entende que o mercado só vai remunerar melhor os que produzirem um produto de qualidade e conformidade, no padrão exigido pelo consumidor final”, sinaliza João Cavalléro ao comentar que, se antes Mato Grosso do Sul exportava apenas os excedentes, hoje ele produz um produto originalmente "tipo exportação".

Para os pecuaristas que ainda não fazem parte desse grupo, mas que estão interessados em participar do programa, as inscrições podem ser feitas através do site www.seprotur.ms.gov.br.
 
 
 
APn