3 de setembro de 2004 - 15:09

MS vai receber R$ 178 mil para combater a sigatoka negra

 

O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) divulgou hoje a relação dos 18 Estados que vão receber os recursos a serem aplicados em custeio e investimentos para o controle, prevenção e erradicação da sigatoka negra, praga que vem atacando e destruindo as lavouras de banana em quase todo o mundo. Por determinação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, os recursos no montante de R$ 4 milhões serão enviados imediatamente às DFAs (Delegacias Federais de Agricultura) para repasse aos órgãos estaduais que cuidam dos trabalhos de vigilância, controle e monitoramento da sigatoka negra.

Desse total, R$ 350 mil serão destinados ao CNPq (Conselho Nacional de Pesquisas) para ações de parceria em pesquisas no setor, sendo que Mato Grosso do Sul terá direito a R$ 178 mil, o nono maior valor liberado pelo governo federal. Segundo o responsável pelo projeto de prevenção e controle da sigatoka negra do Mapa, René Suman, a praga não trás riscos à saúde do consumidor, “contudo, é preciso muita vigilância porque o fungo se propaga com grande facilidade por meio do vento, tornando improdutiva a bananeira e causando sérios prejuízos ao produtor”.

Ele alerta que é importante prevenir para evitar a contaminação das lavouras nas regiões onde não foi ainda identificada a presença da praga. Suman explicou que o fungo sobrevive por 60 dias nas roupas, 30 dias em lonas e 10 dias em metais, o que facilita a sua propagação. Com uma produção estimada em 6,6 milhões de toneladas, a lavoura da banana é responsável por 500 mil empregos diretos, com predominância do pequeno agricultor. O Brasil é o segundo maior produtor mundial da fruta, atrás apenas da Índia. São Paulo é o estado que mais produz no País, com 1,1 milhão de toneladas.

A Embrapa, vinculada ao Mapa, já lançou sete variedades resistentes à sigatoka negra e amarela. São elas: caipira, thap maeo, pacovan ken, fhia 18, prata-graúda, maravilha e preciosa. As pesquisas da Embrapa começaram em 1982, quando a praga estava na América Central. A empresa binacional (Brasil/Japão) Companhia de Promoção Agrícola (Campo) tem parceria com a Embrapa para multiplicar e comercializar os clones resistentes à sigatoka negra.


 

 

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