16 de novembro de 2006 - 16:59

Mortandade de peixes prossegue no rio Paraná

A mortandade de peixes no rio Paraná, na divisa entre Mato Grosso do Sul e Paraná, continua e agora, além da espécie armal, conhecido como “abotoado”, também estão sendo encontrados tucunarés, pintados e até bagres. A informação é do superintendente estadual de Pesca, Thomaz Liparelli, explicando que em todos os peixes foi constata a presença da substância química sulfato de cobre que é cancerígena.

Liparelli acrescenta que muitos peixes mortos não vieram à tona, mas equipes de mergulho já observaram um verdadeiro “cemitério de peixes” no leito do rio. Ainda não se sabe a causa do desastre ambiental, mas ele pode estar sendo causado por veneno usado pela Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, antiga Porto Primavera, para matar caramujos.

No entanto, a CESP (Companhia Energética de São Paulo) nega a utilização de qualquer produto para eliminar os caramujos. Outra possível causa do desastre ambiental é a existência de mexilhão dourado, sendo que esse molusco se reproduz rapidamente e pode chegar a 40 mil mexilhões por metro quadrado no rio.

A Superintendência Estadual de Pesca e PMA (Polícia Militar Ambiental) estão visitando oito municípios no sul de Mato Grosso do Sul para descobrir se a fonte de poluição que causou a mortandade de toneladas de peixes no rio Paraná teve origem no Estado. Ele informou que no próximo dia 26 será realizada uma reunião na Usina Sérgio Motta com entidades ambientais de São Paulo e Paraná para padronizar as ações para identificar o agente poluidor.

Laudo preliminar do Centro de Toxicologia da Unesp, em Botucatu (SP), descartou a contaminação por inseticidas, mas ainda falta o resultado para herbicidas. De acordo com o superintende estadual de Pesca, um novo indício foi a localização de uma alga que produz toxinas, mas a incidência dela é próxima somente à usina Sérgio Motta.

 

 

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