3 de setembro de 2004 - 13:05

Teruel discute desenvolvimento regional em Brasília

O deputado estadual Pedro Teruel, representando a Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania-CIVES, esteve presente nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República-CDES, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes.

O presidente Lula afirmou que não faltarão recursos para financiar projetos que sejam fundamentais para o investimento, desde que demonstrem serem viáveis e com resultados para o desenvolvimento nacional.

O ministro Ciro Gomes, por sua vez, apresentou aos conselheiros do CDES a nova “Política Nacional de Desenvolvimento Regional”, definida a partir do mapeamento da dinâmica de crescimento de cada uma das regiões do país em relação a fatores como PIB per capta, renda média e mínima, escolaridade, entre outros. Segundo Ciro Gomes, a desigualdade em relação ao crescimento econômico ainda é muito elevada e isso pode ser observado em todo o país. O ministro revelou, ainda, que órgãos como a Sudeco, Sudene e Sudam serão recriados com nova concepção, para que funcionem blindados contra a corrupção, as fraldes e os desvios de recursos que marcaram suas histórias.

Teruel defendeu o investimento no potencial próprio de cada brasileiro para alavancar o desenvolvimento nacional: “Quanto mais brasileiros forem incluídos no setor produtivo, mais o país se desenvolverá. Não podemos nos apoiar apenas na visão econômica da questão. O importante é enfocar a saúde, a educação, o saneamento e tudo que diga respeito à qualidade de vida dos cidadãos”.

O deputado aponta, ainda, distorções na tese defendida por alguns setores de que as regiões Norte e Nordeste, por serem economicamente menos favorecidas, devam ser privilegiadas em relação a investimentos, excluindo o Centro- Oeste de benefícios, por ter dinâmica de desenvolvimento mais compatível com as regiões Sul e Sudeste. “Quem mora nas periferias das grandes e médias cidades, em qualquer ponto do país, muitas vezes tem renda igual ou menor que as populações carentes do Norte e do Nordeste. Existem áreas com grande desenvolvimento econômico cercadas por bolsões de pobreza e miséria. Os investimentos devem se espalhar por todo o país, sem discriminação”.

Em relação aos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, cuja divisão está sendo defendida pelos governadores dos estados de forma a ser inversamente proporcional ao PIB per capta, com estados que apresentam menor índice recebendo os maiores montantes, o CDES concluiu que tal fórmula não diminui as desigualdades. Por recomendação do Conselho, ainda que os investimentos sejam estaduais, a política deve ter caráter nacional, para que verdadeiramente favoreça toda a população brasileira.

 

 

 

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