10 de novembro de 2006 - 13:36

Campo Grande pode implantar Pólo de Fruticultura Irrigada

A maioria das frutas consumidas em Mato Grosso do Sul é importada de outros estados. Para suprir esta demanda, é que a Câmara Setorial de Fruticultura e o Sebrae de Mato Grosso do Sul apresentaram nesta quinta-feira, dia 09 de novembro, o Programa de Desenvolvimento de um Pólo de Fruticultura Irrigada em Campo Grande.

A engenheira agrônoma Janine Tavares Camargo apresentou o resultado do estudo que abordou os seguintes itens: vantagens estratégicas do município de Campo Grande; potencialidade de mercados de frutas; seleção das frutas potenciais e justificativas; modelo de implantação do pólo; defesa fitossanitária; sustentabilidade ambiental; dimensionamento econômico, viabilidade; e as diretrizes estratégicas.

De acordo com Janine, o estudo realizado apresentou alguns pontos positivos, como clima favorável, logística, e capacidade de produção agrícola. Como exemplo, citou o cultivo de banana irrigada por micro-aspersão. “A banana apresenta mercado para exportação de alto padrão, mas para ser viável economicamente, o produtor precisa ter no mínimo cinco hectares de área cultivada”, comentou.

Para a engenheira agrônoma, a atividade tem mercado, mas precisa de investimentos na parte de tecnologia de produção para alavancar o setor. O consumo médio de fruta pelos brasileiros está em torno de 47 kg/ano, por habitante, enquanto que nos países da Europa a média é de 100 kg/ano.

Janine ressalta que os consumidores estão ficando cada vez mais exigentes, em relação à qualidade das frutas, aroma, saúde e certificação, e processo de produção. “O consumidor moderno quer saber se o produto não apresenta uso de agrotóxicos, se é cultivado sem agredir o meio ambiente e se respeita às relações de trabalho (questão social)”. Além de diversificar a economia, a atividade gera até três empregos diretos e dois indiretos, explica Janine.

O diretor superintendente do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Laurindo Petelinkar, afirmou que a intenção é alavancar a fruticultura, já que há mercado interno: “Sem falar na geração de renda e emprego. A união de todos da cadeia produtiva fará da fruticultura uma realidade”, confirmou.

A mesma opinião é compartilhada pelo secretário de Estado da Produção e do Turismo, João Cavalléro. O secretário disse que este pólo será de extrema relevância, pois representará uma diversificação da economia.

O mesmo estudo será apresentado nesta sexta-feira, dia 10 de novembro, em Corumbá, no Escritório Regional do Sebrae em Corumbá, na rua Barão do Rio Branco, 1180. Para implantar o Programa de Desenvolvimento de Fruticultura Irrigada em Campo Grande e Corumbá, a Câmara Setorial de Fruticultura conta com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

 

 

 

Fátima News