3 de setembro de 2004 - 07:33

Pecuaristas contabilizam prejuízos com a estiagem

O clima seco e a falta de chuvas não afetam a população apenas em relação à saúde, com o aumento de doenças respiratórias muito comuns nesta época do ano ou em relação à queimadas e incêndios clandestinos, problema de ordem geral e que a população tem grande parcela de culpa. O gado, uma das principais fontes de renda do município, também sofre com a estiagem.
Esse foi o pior ano para os criadores de gado de Três Lagoas e Região do Bolsão, segundo informações do agrônomo e filho de pecuarista, Fernando Garcia de Souza. “Como não tem pasto para o gado, a solução encontrada é vender. Há um aumento na oferta de bovinos no mercado pecuário e diminuição do preço por cabeça”, diz. Outro problema enfatizado por Souza é a diminuição do peso e da fertilidade do animal.
PREVENÇÃO
Os maiores pecuaristas da região perderam em preço, mas não em animais, pois se preveniram para a estiagem com o processo de suplementação - ração, feno e silagem, que é a conservação de forragem, feito na época das águas, que dura de outubro a abril. Mas os pequenos produtores sentem no pasto, as conseqüências da seca.
Três Lagoas e região contam com um rebanho de 926.850 cabeças de gado, segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
TEMPO
Há mais de um mês não chove na cidade e não há previsão de chuva para a próxima semana, segundo dados do InfoTempo. A máxima registrada ontem foi de 35°C e mínima de 23°C. A umidade relativa do ar estava estimada em 45%.
 
 
Diário MS