6 de novembro de 2006 - 14:03

Bolívia limita venda de gasolina e diesel na fronteira

Acordo firmado entre as Prefeituras de Puerto Suarez e Puerto Quijarro, na fronteira com Corumbá, e a Superintendência de Hidrocarbonetos do Governo da Bolívia – responsável pela distribuição de combustíveis naquele país, passou a limitar a venda de gasolina e diesel nos postos bolivianos. O objetivo é combater o contrabando e evitar o desabastecimento por causa da grande procura, inclusive de brasileiros, que cruzam a fronteira em busca de economia. Na Bolívia, o litro da gasolina custa R$ 1,25; em Corumbá, R$ 2,78 em média.

Com a medida, todos os veículos que forem abastecidos no lado boliviano, são cadastrados e têm um limite diário. No caso dos brasileiros, o máximo permitido por dia é 20 litros para carros de passeio; 40 litros para caminhonetes e de 50 a 80 litros para caminhões. As novas regras também atingem os bolivianos, que têm a cota máxima de 53 litros para carros de passeio; 60 litros para caminhonetes e 200 litros para caminhões de cargas. O controle atinge ainda produtores rurais. Só os cadastrados nas prefeituras ou no sindicato da categoria, podem comprar combustíveis.

Lei à vista

O cumprimento das regras é fiscalizado pela Alfândega, Polícia Nacional e soldados do Exército. A medida deve durar três meses, mas após avaliação dos resultados, pode se transformar em lei. Apesar da limitação imposta, motoristas brasileiros ainda preferem abastecer no país vizinho. “No Brasil, a gasolina custa o dobro do preço daqui. É uma economia considerável e, por isso, compensa, ainda que a quantidade tenha sido limitada”, justificou o motorista Adelson Silva. (Colaborou a jornalista Carmen Juliana, da TV Morena - Corumbá).

 

 

 

 

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