31 de outubro de 2006 - 13:11

PPS vai pedir expulsão de Blairo Maggi

A Executiva Nacional do Partido Popular socialista (PPS) vai encaminhar ao Conselho de Ética do partido o pedido de expulsão do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. "Como foi uma decisão da Executiva do partido de desfiliá-lo e isso não foi possível pelo TRE, vamos solicitar ao Conselho de Ética que abra o processo de expulsão", disse o presidente do partido, Roberto Freire.

Maggi terá um prazo para se defender e depois a Executiva tomará a decisão a partir do relatório do Conselho de Ética. De acordo com Freire, a expectativa é de que o processo dure cerca de um mês.

O governador do Mato Grosso chegou a declarar que se desfiliaria do partido, mas voltou atrás. O presidente do PPS aceitou a desfiliação e encaminhou ao TRE de Mato Grosso um comunicado de que o governador reeleito não pertencia mais ao partido, mas o TRE não aceitou. "Ele (Maggi) não sustentou a palavra dada, inclusive publicamente, de que poderia se desfiliar. E nós o desfiliamos, só que ele recuou. Assim, só nos resta a expulsão".

Maggi apoiou a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de o PPS ter feito indicação preferencial pelo candidato Geraldo Alckmin (PSDB). O PPS acusa Maggi de ter vendido seu apoio, já que o governo federal liberou R$ 1 bilhão para a renegociação de dívidas agrícolas no Mato Grosso.

Em entrevista coletiva à imprensa ontem (30), Maggi negou que seu apoio à campanha de Lula tenha sido vinculado à destinação dos recursos. A verba, explicou, destinava-se a obras estruturais, à agricultura e à pecuária, dentro do pacote agrícola lançado pelo governo em maio, e que também contemplou outros estados.

A Executiva Nacional do PPS está reunida hoje para discutir também a fusão do partido com o PMN (Partido da Mobilização Nacional) e o PHS (Partido Humanista da Solidariedade). A fusão ajudaria os três partidos a ultrapassar a cláusula de barreira, já que unidos eles conseguiram 5,5%¨dos votos nacionais para a Câmara dos Deputados. A fusão dará ao novo partido 27 deputados federais e um senador.

 

Terra