24 de outubro de 2006 - 07:21

Transição de governo começa dia 6 em MS

A equipe de transição do novo governo deve se instalar em uma das dependências do antigo Clube do Servidor, no Parque dos Poderes, ao lado da TV Educativa. Pelo menos essa é a disposição do governo, que está preparando o local para receber os emissários do governador eleito André Puccinelli (PMDB).
Interlocutores do novo governo indicaram o Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo como local ideal para as reuniões de trabalho das equipes. O antigo Palácio Popular da Cultura, no entanto, é o espaço mais concorrido da capital para sediar eventos, além de ter um teatro. Uma sala deveria ser reservada com bastante antecedência.
O ex-secretário de Finanças da Prefeitura de Campo Grande, Mário Sérgio Lorenzetto, já troca informações com o secretário de Coordenação Geral do Governo, Raufi Marques, designado pelo governador Zeca do PT para conduzir a transição em nome da atual administração.
Segundo o governador eleito, a equipe que vai receber e compreender a herança da administração do PT, será conhecida no dia 4 (sábado), depois que for proclamado o resultado do segundo turno da corrida presidencial.
Em que pesem todas as especulações na órbita do secretariado na época de prefeitura, André Puccinelli já ressalvou que nenhum nome ventilado está sacramentado como integrante do primeiro escalão.
O secretariado, segundo ele, só será divulgado na última semana do ano, entre 25 e 1º de janeiro. Os requisitos básicos para eventuais candidatos a cargos no próximo governo são, segundo o próprio governador, honestidade, disposição e dedicação no trabalho. Isso significa acordar cedo, sair tarde e trabalhar nos feriados.
O primeiro desafio, de caráter administrativo, é pagar os salários de dezembro. Tudo indica que o governador Zeca do PT vai deixar dinheiro em caixa, apesar de não ser uma tarefa muito fácil em função dos encargos do 13º salário e os gastos com o custeio. Fornecedores podem ficar sem receber.
O segundo desafio, de ordem política, é articular a sucessão na Mesa da Assembléia Legislativa. Só terá o apoio do governador quem empunhar a bandeira do corte do duodécimo. André acha possível cortar até R$ 4 milhões de redução. Neste ano, o duodécimo da Assembléia oscilou entre R$ 10,8 e R$ 12,8 milhões, ou seja, R$ 150.
Logo após ser eleito, André Puccinelli havia dito em reuniões com políticos das suas relações mais próximas, que garante apenas a nomeação de três dos oito prováveis secretários na futura administração estadual. André admitiu que pode mudar os nomes do secretariado que começou a ventilar em entrevistas à imprensa, repetindo que confirmados mesmo estão apenas os nomes de Tânia Mara Garib (área social), Mário Sérgio Lorenzetto (planejamento ou finanças) e Nilene Badeca (Educação).
Os outros cinco nomes anunciados – Carlos Marun (Habitação), Américo Calheiros (Cultura), Edson Giroto (Obras e Infra-Estrutura), Beatriz Dobashi (Saúde) e Osmar Jeronymo (Casa Civil) – podem ter que ceder para dar condições ao novo governo de negociar com os aliados.
A montagem do secretariado, segundo o governador eleito, começa depois que ele fazer ampla consulta aos partidos e deputados de sua base política.
André Puccinelli analisa a redução das secretarias e dos cargos comissionados. Hoje o primeiro escalão do governo conta com 12 secretarias. São elas: Educação; Justiça e Segurança Pública; Saúde; Casa Civil; Gestão Pública; Receita e Controle; Planejamento, Ciência e Tecnologia; Cultura; Juventude, Esporte e Lazer; Meio Ambiente; Infra-Estrutura e Habitação e Produção e Turismo.
 
 
Diário MS
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