20 de outubro de 2006 - 16:15

Dólar fecha estável após subir 3 dias seguidos

Depois de se manter firme por três sessões, o dólar cedeu levemente e fechou praticamente estável nesta sexta-feira, com alguns ingressos de recursos contribuindo para o recuo.

A divisa norte-americana finalizou a R$ 2,141, com variação negativa de 0,05%.

Durante a sessão, o dólar se manteve em ligeira alta, assim como nos últimos dias, por conta da atuação mais consistente do Banco Central no mercado.

"(O que movimentou) foi basicamente o leilão de swap reverso e depois o BC entrou (no mercado à vista) e o dólar se manteve", comentou Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.

O BC vendeu o equivalente a US$ 1,195 bilhão em swap cambial reverso, de uma oferta total correspondente a US$ 1,43 bilhão. A operação, que tem efeito de uma compra futura de dólares, serve como rolagem de contratos de swap reverso que vencem em 1º de novembro.

No leilão de compra de dólares no mercado à vista, o BC aceitou quatro propostas, com corte a R$ 2,1449. "Mas acho que agora deve continuar apontando para baixo, semana que vem já volta a cair por causa do fluxo", completou.

A corretora de câmbio NGO acredita, porém, que o dólar deva manter nos próximos pregões a pouca oscilação observada nesta semana, quando a moeda acumulou alta de apenas 0,19%.

"Fica claro que o que vem determinando o preço da moeda americana é diretamente o fluxo... e que o BC está comprando todo o excesso, num esforço significativo para evitar a apreciação do real, que é a tendência inquestionável", explicou a corretora.

"Dentro desse contexto, não devemos esperar que a moeda americana retome a sua tendência natural de depreciação, ficando, pelo menos até a eleição, no entorno dos preços atuais com pequenas oscilações", completou a NGO em relatório.

Outro fator que contribuiu para sustentar o dólar em boa parte do dia foi uma certa cautela com o cenário político. Ainda que o mercado descarte mudanças no quadro macroeconômico, independente de quem ganhar as eleições, a proximidade da votação deixa os investidores mais receosos.

 

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