9 de outubro de 2006 - 16:12

"Estou absolutamente zen", diz Alckmin

O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) negou nesta segunda-feira, um dia após o debate na TV Bandeirantes, que tenha elevado o tom na disputa com o presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alckmin disse estar "absolutamente zen" e que dormiu com a consciência tranqüila. "Sempre defendi que houvesse o segundo turno, pois quem ganha com a campanha bem disputada é o eleitor. Agora, ele tem a compreensão, o contraditório e pode ver quem pode fazer mais pelo Brasil", afirmou.

O candidato afirmou que o presidente Lula desferiu uma "mentirada pelas costas" ao dizer que ele iria acabar com o Bolsa-Família e privatizar estatais como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, a Petrobras e os Correios. "Lula fugiu do debate no primeiro turno e até agora não respondeu sobre a origem do dinheiro", insistiu Alckmin, referindo-se ao dinheiro apreendido com petistas pela Polícia Federal que seria utilizado para comprar o dossiê contra os tucanos. "Não é preciso torturar ninguém, é só perguntar para seus companheiros", disse o tucano, numa referência à declaração de Lula de que era Alckmin que gostava de fazer tortura.

Nesta manhã, Alckmin esteve reunido com o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e com o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE). No encontro, disse que o adversário foi infeliz ao comparar seu governo com o de FHC. "É um erro do meu adversário falar de Fernando Henrique. Ele tem que olhar para frente, olhar para o futuro. O importante, agora, é discutir as questões nacionais e a geração de empregos", disse, repetindo declaração do debate.

Alckmin respondeu carta-compromisso do PDT para um provável apoio do partido no segundo turno. "Aliança se faz sobre programa de governo, eu assumo compromisso com eles, sobretudo na questão do salário mínimo e na conservação dos direitos trabalhistas." A legenda ainda avalia um eventual apoio ao tucano.

O candidato viaja amanhã para Minas Gerais, onde faz campanha para reverter a menor porcentagem de votos no primeiro turno.

 

 

Terra Redação