3 de outubro de 2006 - 15:54

Bancários negociam reajuste com Caixa e Banco do Brasil

Os bancários se reúnem na tarde desta terça-feira com representantes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, para reivindicar reajustes e outros itens da pauta dos sindicatos. Também ocorre hoje uma reunião entre os sindicatos da categoria e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

A assembléia nacional para discutir as propostas dos bancos está marcada para amanhã e a greve geral, para quinta-feira.

Mesmo antes da rodada de negociação com os bancos alguns sindicatos da categoria decidiram paralisar as atividades para pressionar por um reajuste. A greve dos bancários foi ampliada hoje e atinge oito Estados e seis capitais, além de cidades do interior.

Na última terça-feira, os bancários fizeram uma greve de 24 horas que parou 120 mil dos 400 mil bancários, segundo balanço da Contraf-CUT.

A paralisação continuou na quarta-feira da semana passada em alguns pontos e, até ontem, atingia cinco Estados (Maranhão, Rio Grande do Norte, Bahia, Pernambuco e Goiás) e cinco capitais (Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Palmas (TO)). No total, a oposição bancária estima que cerca de 80 mil estão parados. A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) não confirma o número.

Nesta terça reforçaram a greve os bancários de Alagoas, Paraíba, Piauí e da capital mineira Belo Horizonte.

Em São Paulo, apenas o sindicato de Bauru decidiu pela greve, seguida por parte dos bancários. Os demais acompanham o calendário do comando nacional e aguardam a negociação.

Os bancários pedem reposição da inflação, 7,05% de aumento real e participação nos lucros. Os bancos oferecem 2%. A Fenaban também propôs o pagamento de PLR de 80% do salário mais R$ 816 de parte fixa. Nos bancos em que o lucro cresceu ao menos 25% neste ano, a PLR seria acrescida ainda de R$ 500.

No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de 80% do salário mais R$ 800. (Folha).
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