29 de setembro de 2006 - 16:00

Leia o artigo "Do Povo e do Mundo" por André do Paladino

DO POVO E DO MUNDO

André do Paladino*

 

         A escamoteação e a “baixarela”, juntamente com a “mutreta” ardilosa faz parte da “estória” política matreira praticada no Brasil por pernósticos e estultos proteus useiros e vezeiros em sofismar o escopo da pilantragem.

Nos últimos cinqüenta anos observei o que o “mau caratismo político” pode fazer para alcançar seus objetivos. Na década de 50, com o Clube da Lanterna (que era a fraternidade da UDN) as armações contra um presidente, adorado pela classe operária e média brasileira, o que causou a morte de um militar e posteriormente o suicídio do presidente, até hoje Pai dos pobres. e, na seqüência, o acrotismo dos pretendentes ao “pote”, que resultou numa baderna nacional, com um entra e sai na cadeira maior da República, e somente beneficiou uma classe: os eternos vendilhões da Pátria. Que todos sabem quem são, mas é tabu...

         Na década de 60, nova tentativa contra um primeiro mandatário impedido de atender às necessidades do povo e forçado pelas “lideranças”, foi “minado” na opinião pública e renunciou. Seguiu-se um tremendo “rapapé” com uma “quase” revolução armada e litígio entre as armas de defesa nacional, e lá novamente estavam “as forças ocultas” do “poder do ouro” que movimenta o “Mercado Persa”, e que todos sabem ser “abra-te Zézamo”. E o Zé Povinho começou a ficar esperto, desconfiando com o óbice da sandice...

Na década de 70, o Mercado Persa funcionou como manda o figurino: Manda quem pode e obedece que precisa, num período negro que nada acrescentou à vida pública, mas que deixou prejuízos irreparáveis para os descamisados, excluídos, pobres com a “menorragia” do sofisma. Beneficiando novamente as “antigas raposas” e criando uma nova espécie de mutantes “os ogros” para viver em conúbio no poder. E o Zé Povinho tirou suas conclusões: mandando todos à P.Q.P...

         Paulatinamente foi crescendo o poder nas mãos dos maus e aumentando o poder de barganha dos “lobistas” na forma peçonhenta de chegar do “tostão ao milhão” com o dinheiro público, onde o povo somente entra como contribuinte. E os “anões do congresso” proliferam desde os anos 80, surgindo em cena os dos “Precatórios”, que acabou num grande caso de investigação na Justiça e dos Magistrados, e que não convenceu ninguém nos anos 90. Pois, descobriu-se uma fórmula muito peculiar: a renúncia do mandato. E tudo continua como dantes no castelo de Abrantes...

         E a maracutaia prosseguiu nos anos 2000, um novo século. Um novo milênio, com novas fórmulas para “encrupir” os vassalos. Agora a classe média (tornou-se pobre) e os pobres (se tornaram miseráveis), com os miseráveis que se tornaram excluídos mais instruídos de tantas “bordoadas”, estão mais ladinos e espertos. Já sabem definir suas necessidades e vêem com terror as nequícias esdrúxulas (vem desde os tempos do império e foram amadurecidas na República) ser usadas para impedir um presidente, saído da massa popular e que estabilizou uma economia instável, fortalecendo os parcos ganhos dos excluídos, miseráveis e pobres, ser “melado” de modo obliterativo. O povo sabe que não se joga pedras em laranjas verdes e azedes. O povo sabe que ninguém “cassa coquinho” sem ser otário. E está prevenido para isso. Mas sabe que os revanchistas estão aí, loucos para a retomada. Já vi este filme e não gostei. Na verdade, a verdade nunca apareceu, vista que, “os bandidos compraram os direitos autorais”. Foram descansar em Miami, com o mágico de OZ, quando deveriam estar no presídio de OZ.

         Com toda essa baboseira, acredito não ter segundo turno, com a graça do Supremo Arquiteto Universal, Criador de todas as coisas no livre arbítrio.

Na verdade, o povo sabe o que lhe convém. Sabe também que saco vazio não pára em pé.

 

* P. A.. R. – É jornalista, aposentado, escritor, e presidente do partido dos aposentados em Fátima do Sul.