29 de setembro de 2006 - 09:15

Sem acordo, bancários ameaçam greve para dia 5

A categoria classificou como ridícula a proposta apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na sexta rodada de negociação na quarta-feira.

Os banqueiros só apresentaram a oferta após muita pressão dos sindicatos filiados à Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) em todas as regiões do Brasil, depois da greve de 24 horas realizada na terça-feira.

Os banqueiros ofereceram reajuste de 2% e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) rebaixada, índices inferiores aos reivindicados pela categoria.

A oferta apresentada pela Fenaban não cobre nem o índice de inflação do período que foi de 2,85%, de acordo com os bancários. A categoria está reivindicando 7,05% de aumento real, além reposição da inflação. A categoria pede também maior participação na PLR, sendo o mínimo de 5% do lucro líquido linear e até 15%, mais um salário bruto acrescido de R$ 1,5 mil.

“Com os lucros recordes que tiveram os bancos, o índice apresentado pelos bancos é certamente inaceitável e a orientação é de greve por tempo indeterminado”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, Laudelino dos Santos.

Em Dourados será realizada assembléia na quarta-feira, a partir das 18h, na sede do sindicato. “Esperamos que até lá os banqueiros façam outra contraproposta que agrade a categoria”, acrescentou o sindicalista.

Em Dourados e região são pelo menos 600 bancários que podem aderir à paralisação. Em Campo Grande é algo em torno de dois mil profissionais.

Há vários dias os bancários estão se mobilizando com o fechamento de agências, atos públicos e retardamento no funcionamento de agências. Na greve de 24 horas realizada na terça-feira quase 100% da categoria aderiu à paralisação em Dourados. Não houve atendimento interno nas 22 agências, apenas funcionaram os caixa de auto-atendimento.

 

Diário MS

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