27 de setembro de 2006 - 09:17

Fila para transplante de órgãos tem 476 pacientes no Estado

A Central de Transplantes de Mato Grosso do Sul tem hoje 476 pacientes na fila de espera para a realização de transplantes de córnea, coração, rim ou ossos, que são realizados no Estado. Hoje, Dia Nacional de Transplante de Órgãos e Tecidos, a luta é para que mais pessoas conheçam o procedimento e se disponibilizem para se tornarem doadores, segundo a coordenadora da Central, Claire Carmen Miozzo.

Diante da imensa fila, apenas 81 transplantes foram realizados este ano no Estado, contra 55 no ano passado. Para o de coração, existem hoje 14 pessoas na fila, mas nenhum transplante foi realizado neste ano no Estado e somente um foi feito durante todo ano de 2005.

No entanto, a maior fila de espera é para a realização de transplante de rim, sendo que existem 280 pessoas esperando a doação. Neste ano, de janeiro a setembro, foram realizados 30 do tipo e no ano passado foram 41 transplantes. A dificuldade reflete a situação do Estado que contempla mais de 900 pacientes realizando hemodiálise.

Uma das comemorações é para a realização de transplantes de córnea, que tiveram 49 pacientes beneficiados nos primeiros nove meses deste ano e 13 no total do ano passado. O aumento deve-se a reabertura do Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande, que ficou fechado por quase um ano, devido ao projeto arquitetônico estar em desacordo com medidas determinadas pela Vigilância Sanitária. As mudanças exigidas foram realizadas o banco reaberto, entretanto, ainda existem 180 pacientes na fila.

Outro transplante que é realizado na Capital é o de ossos, sendo que existem hoje duas pessoas na fila de espera e neste ano foram realizados dois deles. Em todo ano passado, nenhum do tipo foi feito. Para a realização de transplantes de ossos e de córnea é necessário que o doador tenha parada cardiorespiratória, já para os de coração e de rim é necessário que ele tenha morte encefálica.

Por isso, a campanha “Vida é para doar e para receber”, visa alertar a população sobre os procedimentos para se tornar um doador de órgãos e tecidos. Segundo Claire, o primeiro passo é avisar a família sobre a sua vontade para que eles possam autorizar após a morte da pessoa. Hoje será realizada na Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua Bahia, uma panfletagem para orientar os sul-mato-grossenses.

Apesar de não realizar transplante de medula óssea no Estado, a Central de Transplantes realiza o cadastro para as pessoas interessadas em tornar-se doador. Hoje existem duas mil pessoas esperando em todo País por uma medula, entretanto, a dificuldade não é de número de doadores, mas sim de compatibilidade. Pelo menos 260 mil pessoas estão cadastradas no Redome (Registro de doador Voluntário de medula óssea).

 

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