18 de setembro de 2006 - 07:54

Eleição deve ter apenas um turno em 19 Estados

A tendência a um quase congelamento do quadro eleitoral na eleição para presidente da República está se repetindo na maioria das disputas estaduais. Mesmo depois do início do programa eleitoral em rádio e TV, apenas em duas localidades houve alguma alteração de maior relevância. Nas outras 25 unidades da Federação o quadro segue quase inalterado.

As exceções são o Ceará e o Rio Grande do Norte, Estados onde o líder nas pesquisas eleitorais passou para uma posição de maior fragilidade.

No Ceará, o atual governador, Lúcio Alcântara (PSDB), liderava as pesquisas até a metade do ano. Agora, segundo a última pesquisa Datafolha, tem apenas 30% contra 57% de Cid Gomes (PSB), irmão do ex-ministro Ciro Gomes.

No Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves (PMDB) chegou em março a pontuar 44% contra 31% de Wilma Faria (PSB), a atual governadora que busca um segundo mandato. Agora, de acordo com pesquisa Vox Populi, Wilma já está com 42% contra 41% de Garibaldi.

Nos outros Estados e no Distrito Federal, as posições dos primeiros colocados são mais ou menos as mesmas de antes do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Também permanece inalterado o fato de que os levantamentos eleitorais apontam para uma possível solução no primeiro turno em 19 das 27 disputas. Se isso vier mesmo a ocorrer, será um recorde na comparação com os pleitos anteriores desde a introdução do mecanismo de dois turnos.

Candidato à reeleição – Outro aspecto que ficou parecido em relação ao início da campanha é o favoritismo estar ao lado de quem busca a reeleição ou pertence ao grupo que já está no poder. Pelo menos 18 políticos estão nessa categoria, conforme as últimas pesquisas disponíveis.

Quando se observa os partidos e suas perspectivas de vitória, o PT ainda aparece com chances reais em apenas três Estados: Acre, Piauí e Sergipe. Em 2002, a legenda elegeu governadores no Acre, Piauí e Mato Grosso do Sul. Ficará mais ou menos do mesmo tamanho -apesar de no plano federal ser favorita para o Palácio do Planalto, com a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.

O PSDB deve manter seus dois maiores Estados, São Paulo e Minas Gerais, mas está para perder a vaga de governador no Ceará para o PSB.

O PMDB disputa com chances os três Estados do Sul e deve ser o partido com mais governadores eleitos neste ano. Há peemedebistas competitivos em 11 Estados.

O PFL é um tradicional vencedor na Bahia, onde deve novamente triunfar --o pefelista Paulo Souto disputa a reeleição e aparece com 50% das intenções de voto, segundo o Ibope, contra apenas 26% do segundo colocado, o ex-ministro Jaques Wagner (PT).

No entanto, Wagner cresceu 10 pontos percentuais em relação à última pesquisa do Ibope, divulgada no dia 11, e Souto oscilou dois pontos para baixo.

O PSOL, partido da terceira colocada na eleição presidencial, Heloísa Helena, não tem candidatos a governador com chances de vitória em nenhuma das 27 unidades da Federação, segundo as pesquisas mais recentes no país.

Folha Online