14 de setembro de 2006 - 17:19

Governo reage à estatização de petróleo da Bolívia

O governo brasileiro reagiu hoje à decisão do Ministério de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia de estatizar a produção, transporte, refino, armazenamento e comercialização de petróleo e gás liquefeito de petróleo produzido no País.

No dia 1º de maio deste ano, o presidente boliviano, Evo Morales, anunciou a nacionalização dos campos de petróleo e gás natural e das refinarias. As negociações entre a Bolívia e o Brasil estavam suspensas por impasse na negociação do preço do gás importado pelo Brasil. Na quarta-feira, uma resolução do governo boliviano detalhou o processo de nacionalização de duas refinarias da estatal brasileira no país andino. A estatal boliviana YPFB terá o controle da exportação de combustíveis produzidos nas duas refinarias, assumindo também a definição de preços para os mercados externo e interno. De agora em diante, a Petrobras não poderá exportar esses produtos livremente, ela tem de fazer isso por meio da YPFB.

A ministra chefe da Casa Civil disse que o governo está olhando com muito cuidado esta questão e está preocupado. Na tarde de hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou ao ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que entrasse em contato com o governo boliviano para discutir a questão.

"Esse processo está em andamento. O governo brasileiro considera que o que está sendo feito não está dentro do que foi acertado entre os dois governos". No final da tarde, a expectativa é que o governo volte a se pronunciar sobre o assunto.

Diante da posição boliviana, a visita a La Paz do ministro Rondeau e do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que seria feita amanhã, está suspensa.

 

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