8 de setembro de 2006 - 15:33

Protestos ocorrem em quatro Estados da Bolívia

O “Paro Cívico”, que fechou a fronteira da Bolívia com o Brasil na manhã de hoje e deve reabrí-la somente amanhã, ocorre em quatro Estados do país – Tarija, Beni, Pando e Santa Cruz. Os bolivianos protestam contra o regulamento aprovado pelo MAS, partido do presidente Evo Morales, que alterou a decisão e consentiu que a Assembléia pudesse aprovar leis pela maioria simples e não por dois terços dos votos.

O presidente do Comité Pró-Santa Cruz, German Antelo, pediu aos cidadãos que assumam as medidas de maneira pacífica, fiquem em suas casas e que não promovam choques. Segundo Antelo, a paralisação busca respeito ao marco constitucional na Assembléia Constituinte. Sem embargo, os pequenos e médios produtores da agricultura cruceños, os trabalhadores independentes, transportadores, comerciantes e outros setores anunciaram que não acatariam o movimento porque os prejudica economicamente.

Na região de Corumbá (MS), os manifestantes bloquearam a entrada de veículos que começaram a formar filas do lado brasileiro. No local, estão o presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro, Antonio Tudela, a presidente do Comitê Feminino de Arroyo Concpeción, Esperanza Padilha, e o presidente do Comitê Cívico de Puerto Suarez, Edil Gericke. O protesto é feito por moradores da fronteira contra o presidente boliviano Evo Morales.

Eles não concordam com a forma de governo que priva a liberdade dos cidadãos daquele país. De acordo com o presidente do Comitê Cívico de Puerto Quijarro, os moradores querem a promoção do desenvolvimento e crescimento econômico da Bolívia através das siderúrgicas que estarão extraindo minério das reservas de Mutún.

Ônibus que fazem o transporte internacional de passageiros, saindo da Bolívia com destino às cidade brasileiras, estão deixando os passageiros na ponte que liga os dois países e retornando ao terminal rodoviário. Veículos que estavam nas cidades bolivianas estão enfileirados na fronteira aguardando liberação dos manifestantes para retornarem ao Brasil, sendo que a entrada a pé no país é permitida e o comércio fechou as portas nesta sexta-feira.

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