4 de setembro de 2006 - 15:24

Preços de defensivos agrícolas caem 19%

Os preços dos agrotóxicos agrícolas, como fungicidas, herbicidas e inseticidas, caíram até 18,8% em Mato Grosso do Sul, no período de junho de 2005 a julho de 2006, segundo informações divulgadas ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A queda nos preços é fruto da fraca demanda pelos insumos.
Levantamento dos preços dos insumos (sementes, agrotóxicos, máquinas/implementos e serviços), realizado pela Conab com o objetivo de atualizar os custos de produção das diversas culturas agrícolas, revelou ontem que os fungicidas ficaram 18,87% mais baratos em Mato Grosso do Sul nos últimos 14 meses finalizados em julho deste ano. Somente no período acumulado de janeiro a julho de 2006 a desvalorização do insumo foi de 3,05% no Estado. Em todo o País, os valores dos fungicidas foram reduzidos em 23,08% de junho de 2005 a julho de 2006.
Os inseticidas também tiveram seus preços fortemente desvalorizados no período. O levantamento confirma que os valores dos inseticidas caíram 16,25% no Estado, em 14 meses, enquanto no País a queda foi de 20,38%. A maior queda foi verificada de junho a dezembro de 2005, uma vez que de janeiro a julho de 2006 a desvalorização acumulada foi de apenas 0,83% no Estado e de 6,94% na média nacional.
A Conab revelou ainda que os preços dos herbicidas caíram 13,96% em Mato Grosso do Sul e 20,2% no País de junho de 2005 a julho de 2006. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a desvalorização no custo dos herbicidas foi de 6,86 no Estado e de 10,56% no País.
Segundo informações do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag), a venda de agrotóxicos foi reduzida em 34% no primeiro semestre deste ano, em relação ao volume comercializado no mesmo período do ano passado. Em um ano, o setor teve uma queda no faturamento de quase 13%, saindo de US$ 4 bilhões para US$ 3,5 bilhões.
As indústrias fornecedoras afirmam que a redução nas vendas ocorre devido aos problemas enfrentados pelo setor primário da economia. Segundo as empresas revendedoras, as vendas de agrotóxicos para a próxima safra estão bastante atrasadas. Historicamente, as compras acontecem até a primeira quinzena de setembro, mas a previsão é que, neste ano, haja atraso e redução significativa na aplicação de agrotóxicos.
De acordo com a Conab, na região centro-sul do País, os agrotóxicos correspondem a 19,2% dos custos de produção da soja; cerca de 25,4% para o algodão; 10,4% para o arroz; 10,9% para o milho e 15,7% para o trigo. Considerando os preço do conjunto de fungicida, herbicida e inseticida, no País, houve desvalorização de 21,2% no período de junho de 2005 a julho de 2006 e de 7,8% nos sete primeiros meses de 2006.

 
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