31 de agosto de 2006 - 07:09

Mortalidade indígena cai 37%, mas ainda é alta

As ações do poder público, de ONGs e da iniciativa privada para reduzir a miséria nas aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul deram resultado positivo. A mortalidade infantil indígena nos oito primeiros meses deste ano é a menor desde 1999.

O índice, que era de 60,5 para cada mil nascidos vivos em 2004, caiu para 38,13 de janeiro até ontem – uma redução de 37%. Nos oito meses deste ano, 57 bebês menores de um ano morreram nas aldeias de Mato Grosso do Sul contra 73 no mesmo período de 2005 e 84 mortes nos oito primeiros meses de 2004.

Os números apurados pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) foram divulgados na noite desta quarta-feira pelo site “Campo Grande News”. A Funasa atribui o resultado às ações emergenciais desencadeadas nas aldeias após o escândalo nacional sobre a desnutrição indígena, que ocupou as manchetes da imprensa mundial no início de 2005.

A distribuição de cestas básicas e atendimento médico foram reforçados nas áreas indígenas, principalmente na região sul do Estado. Apesar do resultado positivo, a mortalidade infantil indígena em Mato Grosso do Sul ainda é alarmante.

O índice de 38,13 para cada mil nascidos vivos, verificado de janeiro a agosto deste ano, é o dobro da média estadual. Entre a população não-índia de MS, o índice é de 18,63.
 
 
Diário MS
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