26 de agosto de 2006 - 07:54

Conab prevê safra de café em 2007 de 41,6 milhões de sacas

 

A safra de café 2006/2007 está estimada em 41,6 milhões de sacas de 60 quilos, com crescimento de 26,2% em relação à safra de safra 2005/6, quando foram colhidos 32,94 milhões de sacas. Os números são do terceiro levantamento feito este ano pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O café está tendo recuperação de preços no mercado desde o segundo semestre do ano passado. A produção mundial está estimada em 120 milhões de sacas para a próxima safra, com previsão de consumo de 117 milhões de sacas.

O diretor do Departamento do Café, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Vilmondes Olegário, disse que “a melhora no trato da cultura, como podas, desbrotas, adubação e controle fitossanitário foi permitida pelo intervalo provocado pela seca. Com isso, o  produtor obteve melhor qualidade e deverá resultar em  preço melhor quando for vender no próximo ano”.

Ele ressaltou, no entanto, que a previsão de produtividade para a safra seguinte será menor, em vista da periodicidade normal das colheitas.

Olegário disse que o produtor não tem como ter certeza de que vai poder contar com preço equilibrado ao colher o que vai ainda ser plantado no próximo ano, “pois o setor  ainda está se recuperando de prejuízos da crise de 2002”, quando o preço da saca de café estava entre US$ 40 e US$ 48, e hoje está fixado em US$ 126.

Por essa razão, conforme Olegário, “o governo procurou amenizar a situação ao disponibilizar R$ 1,578 bilhão para a colheita e estocagem do café que vai ser colhido no próximo ano”.

"Pela primeira vez foi implantada uma política anticíclica, para viabilizar a vida do produtor, das cooperativas e dos demais membros do mercado”, disse o diretor do Departamento do Café.

Ele explicou que o financiamento para estocagem vai permitir o deslocamento de até 8 milhões de sacas para áreas onde os estoques estiverem mais baixos, visando um equilíbrio de preços na safra menor que será colhida em 2008. “A movimentação desse estoque  poderá ser feita em duas etapas, deslocando-se 50% em 6 meses e o restante para até 365 dias”, disse Olegário.

Ele lembrou que, além dos efeitos da seca, o café, como os outros produtos agrícolas bem cotados no mercado internacional, sofre a influência do câmbio e de outras variantes de mercado.

 

RMT Online