Após uma manhã volátil, o mercado financeiro doméstico voltou a apresentar recuperação. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,9450 na compra e R$ 2,9470 na venda, com queda de 0,30%. Trata-se da menor cotação desde 30 de abril. Na bolsa paulista, às 16h20, o Ibovespa registrava alta de 0,68%, somando 22.750 pontos.

O dólar fechou em queda embalado por ingressos de recursos de exporatores em meio à contínua melhora do prêmio de risco Brasil. Segundo analistas, a aceleração para 1,22%, acima do previsto por analistas, da inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) em agosto --número divulgado nesta manhã-- deixou o mercado mais receoso. No entanto, com as recentes captações feitas no exterior e a expectativa de que novas emissões sejam concluídas com o fim das férias no hemisfério norte, o mercado manteve o tom mais otimista.

Na bolsa paulista, o último dado de inflação também chegou a derrubar o Ibovespa na maior parte da manhã. O dado alimentou as preocupações levantadas na semana passada pelo Banco Central quanto à possibilidade de alta dos juros básicos brasileiros neste ano.

"Acho que o mercado nessa semana vai estar atento aos números de inflação. A tônica do momento é se o BC vai subir a taxa de juros ou não", disse Celso Senise, diretor da Bonus Banval Corretora.

Senise ressaltou que, apesar dos temores inflacionários, o risco Brasil continua em queda, alimentando a expectativa de que a República surja com uma nova oferta de bônus externos, o que traria otimismo aos mercados.

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