O custo operacional efetivo da produção bovina em Mato Grosso do Sul registra alta de 6,47% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, conforme os dados da análise macroeconômica da pecuária realizada pelo Cepea (Centro de Estudos em Economia Aplicada). Este índice é o segundo maior do País, ficando atrás somente de Minas Gerais com alta de 7,71% e Goiás registra o menor índice (3,27%).

Em junho o custo pecuário teve aumento de 1,03%, enquanto o preço da arroba do boi ficou praticamente estável, com variação negativa de 0,04%. Já no primeiro semestre deste ano o preço da arroba do boi pago ao produtor acumula queda de 3,40%. A média nacional para o custo de produção é de 5,65%.

Segundo a análise, um dos fatores para o aumento no custo de produção está a desvalorização do Real, pois o preço dos insumos de matéria-prima importada deve aumentar, como é o caso do sal mineral. Outros insumos, como os arames, devem apresentar redução no custo devido à redução da demanda.

De acordo com a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), as exportações do primeiro semestre totalizaram uma receita cambial de US$ 1,717 bilhão, 16,24% mais que no mesmo período do ano passado. Mesmo descontando a valorização média de 1,58% do Real no semestre (câmbio de dezembro/05 frente ao de junho/06), constata-se que o aumento efetivo do total recebido em moeda nacional é significativo.

Já no segmento produtor, o que se verifica é a redução do valor da arroba do boi gordo nesse período. Em junho de 2005, quando a receita de exportação era menor que a de junho deste ano, frigoríficos pagavam, em média, R$ 52,58 pela arroba do boi no estado de SP, ou seja, sendo 8,7% a mais que agora – sem considerar a inflação do período. Atualmente, o Brasil é responsável por 31% das exportações mundiais de carne bovina, se mantendo como o maior vendedor neste mercado.

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Depois de atingir o menor preço dos últimos 50 anos, a arroba do boi gordo se valorizou em meados deste mês e atingiu R$ 55 em Mato Grosso do Sul e São Paulo contra R$ 45 em junho, conforme os dados divulgados pela CNA (Confederação Nacional da Agricultura).

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