14 de agosto de 2006 - 08:57

Corinthians quer Leão, e MSI procura Parreira

A maior dificuldade do Corinthians para contratar o substituto de Geninho não é acertar salário ou convencê-lo a assumir o comando de um time em crise, na lanterna e ameaçado pela torcida. O problema é que o clube quer o treinador Emerson Leão, enquanto o MSI tenta trazer o técnico Carlos Alberto Parreira.

Nas reuniões que tiveram até a noite de domingo, as partes não se entenderam. O presidente corintiano, Alberto Dualib, assessorado por quatro vices, quer Leão, que tem contrato com o São Caetano até 31 de dezembro deste ano.

Kia Joorabchian, chefe do MSI, e o diretor Paulo Angioni insistem em Carlos Alberto Parreira, desempregado desde que perdeu a Copa do Mundo com a Seleção, em julho.

Pessoas ligadas a Dualib afirmam que um terceiro nome foi sugerido pelo MSI: Paulo César Gusmão, ameaçado de demissão do Cruzeiro pelos maus resultados. O presidente reagiu com ironia.

Corinthians e o parceiro só concordam em um aspecto: não há mais tempo nem espaço para apostas, como foi feito com Márcio Bittencourt, em 2005, e com Ademar Braga, este ano, na Libertadores.

Dualib quer Leão porque tem o perfil linha-dura. Quer que o novo treinador assuma o comando e ponha rédea curta nos jogadores, que estão rachados - há a turma dos cariocas; a dos revelados em casa; a dos argentinos, que conta com a simpatia de alguns jovens do elenco...

E dará carta branca para Leão pôr ordem na casa. Mesmo que, para isso, seja preciso bater de frente com os atletas argentinos, contratados a peso de ouro pelo MSI.

Já o parceiro quer Parreira por ter um passado vitorioso no clube - ganhou Copa do Brasil e Rio-São Paulo, em 2002 - e, principalmente, por ser muito mais maleável que Leão.

O empecilho fica pelo fato de que o técnico quer um tempo para descansar, pelo menos até o fim de 2006, mesmo motivo pelo qual ele praticamente descartou a África do Sul.

Em conversa com familiares, foi sugerido para que ele não aceitasse nenhum projeto de momento após a passagem extenuante pela Seleção Brasileira.

Enquanto as diretorias não se entendem, o time fica sem técnico.

 

Terra