10 de agosto de 2006 - 14:39

Não existe ligação entre Eurico e Beira-Mar, diz advogado

O advogado Ricardo Trad disse que não existe nenhuma prova contra o ex-prefeito de Coronel Sapucaia, Eurico Mariano, que o ligue com o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Ele ressaltou ainda que esse processo está apurando crime de lavagem de dinheiro e o máximo que está sendo provado é que o ex-prefeito deixou de declarar alguns recursos, mas que isso nem está sendo julgado.

Para o advogado, está ocorrendo abuso de poder por parte do MPF  (Ministério Público Federal) no ato da denúncia. Ele reforçou ainda que Mauro Morel em nenhum momento foi acusado ou respondeu por processo de tráfico de drogas. Morel era ex-marido de Habla Marianni Schuck, filha do ex-prefeito.

Em depoimento ontem, ela disse negou para o juiz federal Odilon de Oliveira que tenha negociado R$ 24 mil com o vereador Hirineu Kraievesk. Ela era responsável pelo Auto Posto Triângulo e admitiu que conhecia Francisco Fernando, que era do supermercado Pestre Comercial, fornecedor das despesas do posto.

O ex-prefeito é acusado de lavagem de R$ 12 milhões pertencentes ao traficante Beira-Mar. Eurico faz parte de um grupo de 23 réus, a maioria residente em Coronel Sapucaia, todos acusados de utilizar empresas e contas correntes para lavar dinheiro para o traficante.

Juntos, pai e filha figuram no processo como arrendatários do Auto Posto Triângulo, por onde abriram e movimentaram conta corrente, sendo que, só no ano de 1999, passaram mais de R$ 430 mil. De acordo com a denúncia do MPF, a movimentação financeira sem causa aparente para um destino que não está relacionado com a empresa deve ser recebida como sinal de que Hadla e Eurico são “testas-de-ferro” e que cederam os negócios para apoiar as atividades de organizações criminosas ligadas ao mega-traficante Fernandinho Beira-Mar e à família Morel.

Os familiares do ex-prefeito tentaram agredir o cinegrafista de uma emissora de televisão de Campo Grande, ressaltando que a imprensa estaria colocando todos os acusados de forma igual.

 

 

Mídia Max