Os deputado estaduais Waldir Neves (PSDB) e Sérgio Assis (PSB), candidato a vice na chapa de Delcídio do Amaral (PT), se estranharam no plenário da Assembléia, chegando a bater boca por causa da campanha eleitoral deste ano em Mato Grosso do Sul.

Sérgio Assis não gostou do tom do discurso de Waldir, que ocupou a tribuna  da Casa para rebater críticas feitas na imprensa pelo candidato do PT, e fez um desafio ao tucano. "Se vossa excelência trouxer aqui na Casa qualquer coisa que desabone a ética e a conduta do Delcídio, eu retiro minha candidatura", prometeu.

Na réplica, Waldir disse que o conceito de ética é muito relativo, lembrando que Assis só não estava do lado de André Puccinelli, candidato do PMDB à sucessão estadual, porque não tem espaço para ele.

Continuando com seu discurso, o tucano disse que Assis sempre meteu o pau no governo do Estado e agora mudou de lado. "Eu nunca fiz parte da base de sustentação do governo", retrucou Assis, lembrando que quem mudou de lado foi o vereador Athayde Nery (PPS), que chamava André Puccinelli até de ladrão e hoje é o líder do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) na Câmara de Campo Grande.

O bate-boca ficou mais acirrado ainda quando Assis insinuou que o tucano era ligado a Ricardo Bacha, lembrando sobre episódios que envolviam ex-secretário de Fazenda em acusações durante o governo Wilson Martins (PMDB) a época.

Irritado, Waldir chamou Assis de mentiroso. Em aparte, o deputado do PSB pediu que o colega se retratasse. Nesse momento, portanto, a Mesa Diretora teve de interferir nas discussões, pedindo para o tucano retirar os termos ofensivos. "Se o Ricardo Bacha decidiu apoiar o André é que reconheceu que ele é o melhor candidato", continuou Waldir.

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