Com a queda da taxa de fecundidade e a conseqüente redução no ritmo de crescimento da população, o Brasil terá em 2030 225,3 milhões de habitantes, segundo o Ipea (Instituto de Política Econômica Aplicada), que mostra também que as mulheres continuarão a viver mais que os homens. Hoje, a população do Brasil é de cerca de 186 milhões de habitantes.

Irá colaborar para essa população o aumento da expectativa de vida ao nascer. Para o Ipea, esse crescimento será de 6,8 anos para os homens que vivem nas áreas urbanas e de 7,8 anos para os que estão nas áreas rurais. Para as mulheres, esse ganho será de 8,1 anos e 8 anos, respectivamente. Os dados fazem parte da segunda fase do estudo 'Brasil - O estado de uma nação', divulgado hoje.

Com esse aumento da expectativa de vida, os homens chegariam a 77,3 anos. Já os que vivem em áreas rurais, em 72,6 anos. Já as moradoras de áreas urbanas terão uma expectativa de vida de 86,1 anos e das áreas rurais, de 81,6 anos. De acordo com o Ipea, a tendência é que a população em idade ativa (pessoas com mais de 15 anos) cresça de 70 para 81%, indicando o evelhecimento da população.

As projeções do Ipea apontam para o aumento da população da área urbana, que passará dos 81% registrados em 2000 para 83% em 2030. Ainda de acordo com o estudo, cada vez mais os jovens deixam o campo, o que envelhece a população do meio rural e rejuvenesce a oferta de mão-de-obra urbana.