3 de agosto de 2006 - 09:30

Mais de 2,8 mil morrem por ano em acidentes de trabalho

Mesmo com campanhas de prevenção e utilização de equipamentos cada vez mais seguros, mais de 2,8 mil pessoas ainda morrem por ano no Brasil, vítimas de acidentes de trabalho. Há 30 anos, ocorriam aproximadamente 1,2 milhão de acidentes e 2,2 mil óbitos. Após tanto tempo, os índices são menos expressivos em relação ao número de trabalhadores formais que triplicou neste período, mas ainda assustam engenheiros e técnicos da área.

O pedreiro Wiver Santos de Souza, de 27 anos, comenta que não utiliza capacete ou outros equipamentos de segurança. Ele explica que os acessórios incomodam na hora do trabalho. “Estamos acostumados com a altura e com as situações de risco”, argumenta. Conforme a Delegacia Regional do Trabalho, a construção é o terceiro lugar com mais ocorrência de acidentes (367 casos). Os líderes do ranking são: área rural com 950 casos e o setor de alimentação com 677.

De acordo com a técnica de segurança no trabalho, Aurimar da Silva Lima, a maior parte dos acidentes acontecem por falta de informação. Ela explica que a empresa tem a obrigação de oferecer equipamentos de proteção individual e coletiva, além de palestras com instruções em situações de perigosas. “Cabe a Delegacia Regional do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho fiscalizar e punir a irregularidades”, ressalta.

Especialistas indicam que o planejamento e reforço na segurança dos trabalhadores configuram em benefícios empresariais. A prevenção deve ocorrer também em obras menores, que precisam ser assumidas por engenheiros. Em caso de acidente, ou morte, de um pedreiro contratado o responsável pela obra pode responder criminalmente e, se não for engenheiro, por exercício ilegal da profissão.

 

TV Morena