A tarifa de energia elétrica sobe nesta sexta-feira, em média, 19,46%, para os 1,84 milhão de consumidores da Elektro no interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para os consumidores residenciais, o reajuste será de 16,55% e para os grandes consumidores (como as indústrias), de 24,02%. Nos últimos 12 meses, a inflação medida pelo IPCA ficou em 4,42%.

A alta do dólar em 2002 e 2003 foi responsável por 3,82 pontos percentuais no aumento da tarifa da Elektro. O dólar tem impacto porque as distribuidoras de energia das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste são obrigadas a comprar energia da hidrelétrica de Itaipu, que vende em dólar.

Também haverá reajuste para 3,3 milhões de consumidores das distribuidoras Cemar (MA), Cepisa (PI), Ceal (AL) e Saelpa (PB). Os reajustes médios variam de 19,73% a 10,99%, mas só entram em vigor no próximo sábado.

Para os clientes da Cemar, o aumento médio será de 19,73%, sendo que os residenciais pagarão tarifas 17,08% maiores e os grandes consumidores terão reajuste de 28,59%. Na Cepisa, o aumento médio é de 17,06%, sendo 15,75% para residenciais e 23,82% para grandes consumidores.

O reajuste médio da Ceal será de 15,72% --para os clientes residenciais o aumento será de 11,97% e para os industriais, de 22,23%. Na Saelpa o aumento médio é de 10,99%. Os consumidores residenciais pagarão tarifas reajustadas em 7,05% e os grandes consumidores arcarão com alta de 18,37%.

Os reajustes são diferenciados --menores para residenciais e maiores para grandes consumidores-- porque o governo está, aos poucos, retirando subsídios das tarifas. Os subsídios faziam com que os consumidores residenciais pagassem tarifas mais altas para que as indústrias pagassem menos pela energia.

 

Folha Online