22 de julho de 2006 - 08:39

Agehab recusa explicar possível golpe para a Justiça

A Agehab (Agência Estadual de Habitação), por meio da assessoria de imprensa, disse que a instituição não vai se pronunciar com relação ao possível golpe da casa própria, aplicado durante a gestão do ex-diretor Amarildo Cruz. O juiz Marcelo Câmara Rasslan, da 2ª Vara Cível de Campo Grande, deu 30 dias para que o ex-diretor-presidente da Agehab para dar explicações sobre o caso.
De acordo com a interpelação judicial, Luci Macedo, Sônia Gonzalez, Eliane Corrêa e uma quarta pessoa que pediu para não se identificar teriam pagado a Elenilton Dutra de Andrade R$ 1.500,00 cada uma para obter uma moradia da Agehab.
Elas explicam que se inscreveram no plano de habitação da Agehab com a finalidade de adquirir casa própria no período em que Amarildo Cruz era o responsável pela agência, exercendo o cargo de diretor-presidente. Passado longo período sem que fossem atendidas pela Agehab, elas entraram em contato com Andrade, que seria o intermediário oficial entre a Agência e as pessoas interessadas em adquirirem imóveis através da sua empresa, a denominada Ideal Vida.
Ele teria esclarecido que os imóveis só eram disponibilizados mediante pagamento de R$ 1.500,00 e que seria abatido no preço final do imóvel. Os pagamentos foram efetuados em cheques, devidamente descontados e como até o presente momento não foram contempladas com os imóveis que já pagaram, em parte, desconfiam terem sido vítimas do “conto da casa própria”.
Diante do que expuseram em juízo e considerando a possibilidade de que o ex-diretor presidente da Agehab possa ter tido participação ou, ainda, tenha sido omisso no caso, as quatro o interpelaram judicialmente, solicitando que ele respondesse algumas perguntas sobre a prática do golpe da casa própria na Agehab.