17 de julho de 2006 - 07:27

Laticínio de Naviraí tem falência decretada

A juíza Marilza Baptista abriu o processo de falência pedido pelo Laticínio Naviraí, em março deste ano, após a constatação de que não haveria como pagar o saldo negativo de R$ 75 mil a R$ 100 mil de todas as dívidas vencidas ou vincendas, combinado com o desinteresse da gestão da indústria pelos familiares do proprietário Democratino Crata Nenê Dorneles, falecido em acidente.
A juíza deve nomear um administrador judicial para gerir a massa falida, visando preservar o patrimônio (a ser avaliado) para os credores. Ao iniciar o mês de julho foi aberto o prazo de 15 dias para que os credores se habilitem judicialmente ao recebimento. Foi publicado o edital da juíza, com mais de uma página de jornal de circulação local, listando várias centenas de credores, que tem valores a receber entre R$ 48 e R$ 4.980.
Após mais de 30 anos de atividades, com processamento de até 14 mil litros de leite, nas estações de verão, a indústria Laticínios Naviraí fechou os portões definitivamente em abril. Não houve aviso prévio para a população e para os fornecedores e extra-oficialmente, 15 pessoas ficaram desempregadas. Ainda não foi divulgado nada sobre as possíveis dívidas trabalhistas.
O Laticínios Naviraí, ligado ao grupo Minuano (Caarapó e Mundo Novo), de Democratino Crata Nenê Dorneles, paralisou suas atividades e deixa de beneficiar e empacotar leite, ao mesmo tempo em que interrompeu o fornecimento do produto aos consumidores de Naviraí. A solução imediata foi o fornecimento a um novo laticínio, que foi formado recentemente no município.
 
 
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