8 de julho de 2006 - 10:27

Greve atinge 50 penitenciárias em São Paulo

Agentes penitenciários de 50 unidades prisionais do Estado de São Paulo aderiram à paralisação em protesto contra o assassinato de seis colegas nesta semana. Conforme informações da rádio CBN, o número de penitenciárias em greve mais que dobrou desde a última quinta-feira, quando 21 presídios estavam em greve.

Em Araraquara, a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP-SP) enviou três médicos para atender os 1,3 mil detentos do presídio do município, que estão confinados em uma área de 600 metros quadrados. De acordo com a emissora de televisão Globonews, os presos estavam recebendo cuidados de um médico que cumpre pena por homicídio.

A SEAP-SP informou ainda que construirá duas novas alas no presídio de Araraquara para redistribuir os detentos, já que não há condições de tranferência imediata. A primeira deve ficar pronta até terça-feira e a outra, até sexta-feira da semana que vem.

A situação nos presídios piorou quando os agentes penitenciários declararam greve de 24 horas a cada agente morto. Nas unidades em greve, todas as atividades foram paralisadas, com exceção de alimentação, atendimentos de urgência e alvarás de soltura.

Em meio ao agravamento da situação, o governador Cláudio Lembo (PFL) e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, se reuniram e prometeram uma maior integração da força estadual com a polícia federal e apoio para o porte de armas de fogo aos agentes penitenciários fora de serviço.

O sexto assassinato ocorreu na manhã dessa sexta-feira na capital paulista. Homens armados dispararam contra o agente Paulo Gilberto de Araújo, que estava em frente à sua casa, na rua Doutor Sebastião de Lima, na Casa Verde, zona norte da capital paulista, por volta das 6h30.

 

 

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