6 de julho de 2006 - 15:33

Grupo Teijin acusa MST de provocarem a morte de 2 mil bois

O diretor da Fazenda Tejin, Shigeaki Hayashi, que representa o grupo japonês dono da área localizada em Nova Andradina, afirma que desde o fim de 2004, quando os sem-terra invadiram a área, já deve ter perdido pelo menos duas mil cabeças de gado. “Eles não tem cuidado e até mataram parte do rebanho no decorrer dos anos”, explica o representante.

O grupo possui pelo menos dez mil cabeças de gado na área, sendo que os sem-terra já retiraram o gado da área de pastagem. Hayashi explica que, além dos prejuízos com a morte do gado, um barracão foi destruído na fazenda, estradas foram construídas e “ainda ficamos sem produzir na área”.

Independentemente da decisão final da Justiça sobre o processo de desapropriação da área, ele irá pedir indenização para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) pelos prejuízos causados pelos sem-terra. Pelo menos 1.057 famílias de sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e à Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), o que eqüivale a aproximadamente cinco mil pessoas, ocupam a área desde 2004 a espera do desfecho judicial sobre o processo de desapropriação ou não da fazenda para fins de reforma agrária.

Armados com foices e facões, os sem-terra voltaram a montar com tratores, caminhões e utilitários da fazenda uma barreira, fechando todas as saídas e entradas do local. O advogado Diamantino Silva Filho, que representa o Grupo Teijin, informou hoje que pretende ingressa ainda nesta semana junto à Justiça Federal de Dourados com o pedido da desocupação imediata da fazenda e não descarta a possibilidade de uso de força policial caso necessário.

 

 

Mídia Max