3 de julho de 2006 - 07:36

Crise já fez Varig cancelar 37 rotas

A séria crise financeira pela qual atravessa a Varig deixou a empresa sem recursos para pagar pela manutenção de parte de sua frota e pelos contratos de leasing de suas aeronaves. Com essa longa agonia, a empresa teve que interromper as rotas menos rentáveis. Apenas nos últimos 12 meses, foram 37 destinos suspensos, 15 deles internacionais.

Com esse "vazio" no mercado, as rotas domésticas vêm sendo supridas por outras empresas, como TAM, Gol, OceanAir e BRA. Mas, no caso dos vôos internacionais, o problema é maior, o que reduziu o número de vôos diários partindo do Brasil em direção ao exterior.

Hoje a Varig opera apenas 14 rotas domésticas, segundo o consultor especializado Paulo Bittencourt, ouvido pelo jornal Folha de S. Paulo, o que dá à empresa apenas 12,8% desse mercado, ante 25,9% em junho do ano passado. Entre as cidades com rotas canceladas pela Varig, estão Porto Seguro, Belo Horizonte, Maceió e Natal. Na maioria dos casos, as cidades estão sendo atendidas por TAM e Gol.

Assembléia de credores
Uma assembléia de credores da Varig deve ser convocada nesta segunda-feira pela Justiça do Rio de Janeiro. O encontro vai avaliar, possivelmente no dia 10 de junho, a proposta de compra da companhia aérea feita pela VarigLog, ex-subsidiária de transporte de cargas da empresa.

Se os credores aprovarem a oferta, será realizado um novo leilão da empresa no dia seguinte.

Proposta
A Varig Log, que pertence à Volo do Brasil, ofereceu US$ 485 milhões pela Varig e disponibilizou outros US$ 20 milhões para manter as operações da empresa no decorrer das negociações.

A empresa apresentou à Justiça na semana passada detalhamentos da propostas, garantindo a manutenção e o cumprimento dos compromissos assumidos pelo programa de milhagens da Varig, o Smiles, e o fundo de pensões da empresa, Aerus.

 

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