Para vencer no competitivo mercado mundial de grãos o sucesso pode depender do fracasso do outro. A provável queda na safra norte-americana, se confirmada, vai ajudar os produtores brasileiros.

Para competir no mercado internacional da soja é preciso estar atento às mudanças. Esta semana o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou que a safra vai ter uma queda de 2,8% este ano.

Os números podem colocar o Brasil numa posição favorável. O país é o segundo maior produtor de soja do mundo, exporta o grão para países da Europa e Ásia e ainda têm 323 milhões de toneladas de soja no estoque.

O mercado mundial da soja vive de oscilações. Uma prova é este boletim meteorológico. Nas regiões produtoras dos Estados Unidos, uma névoa seca toma conta. Mas de acordo com os meteorologistas americanos a previsão é de que até o fim de semana volte a chover nessas áreas. Se isso acontecer, a redução da safra não vai ser tão grande, com uma boa produção o preço da soja cai. Hoje o mercado abriu em baixa. A saca da soja começou a ser comercializada a 34 reais aqui em ms.

O consultor da bolsa de mercadorias e futuro, João Pedro Cuthy Dias, explica este é o momento de saber negociar a soja produzida, mas alerta. “No ano passado a falta de estrutura prejudicou o Brasil porque teve dificuldade no transporte, confusão no porto atrapalhando e atrasando o embarque e más condições das estradas, é preciso arrumar a casa”.

O Brasil perdeu um bilhão de dólares por falta de estrutura. Um risco que pode acontecer de novo.

A Federação dos Agricultores de Mato Grosso do Sul já colocou na internet as informações sobre as condições das lavouras de soja dos principais estados produtores norte-americanos. A página vai ser atualizada toda semana. Dessa forma, o agricultor de Mato Grosso do Sul poderá acompanhar o desempenho da agricultura nos Estados Unidos para saber se haverá queda maior na safra e as possíveis alterações do preço do produto.

 

Bom Dia MS