'Eu acho que essa parceria será um marco na volta dos investidores estrangeiros no futebol brasileiro, uma revolução. Temos alguns acertos a fazer e precisamos da aprovação do nosso Conselho, mas posso dizer que tudo o que está previsto no projeto é para o bem do Corinthians'.

Dualib negou-se a comentar os valores que o Timão receberia do grupo investidor, mas revelou quais serão as prioridades na utilização da verba. 'O objetivo principal é montar um time para ganhar tudo, inclusive trazendo jogadores de fora, e a construção do estádio também faz parte do projeto. Vamos deixar os corintianos muito felizes com isso', prometeu.

Outros pontos previstos no acordo, segundo o presidente alvinegro, são a criação de uma escolinha de futebol do Timão na Geórgia e um intercâmbio já fechado com o Dínamo de Tbilisi, principal time do país. 'Eles têm interesse em mandar jogadores para o Brasil e alguns atletas nossos também poderão ir para lá. Fomos muito bem recebidos pelo presidente da Geórgia, que é um belo país, e fechamos esse acordo com o clube', revelou Dualib.

Apesar de empolgado com os frutos que a parceria poderá render ao Timão, o presidente sabe que todo esforço será inútil se o Conselho não aprovar a parceria. Por isso, Dualib fez questão de destacar a idoneidade do futuro parceiro alvinegro. 'É um banco de primeira linha ( J.P. Morgan ), e a procedência é garantida. Se for esse o empecilho, o contrato será assinado', garantiu. Segundo Dualib, caso a parceria seja aprovada, terá a duração de dez anos.

Perdido : Antes de o presidente corintiano dar as suas declarações à imprensa sobre o provável acordo corintiana, o empresário Renato Duprat, que apresentou o grupo de investidores ao Corinthians e agiu como um intermediário do negócio, comentou o que esperava da transação e deu algumas declarações desencontradas. Entre outras coisas, citou que o convênio firmado pelo Timão era com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia, ao invés do Dínamo de Tbilisi.

Duprat revelou que o iraniano Kia Joorabchian, empresário responsável pelo grupo disposto a investir no Timão, estará no Brasil no próximo sábado para acertar os últimos detalhes, e que a reunião de Dualib com o Conselho está marcada para quarta-feira, embora o presidente não tenha confirmado a informação.

Segundo o empresário, 'foi feito um estudo e o Corinthians foi o que apresentou o melhor custo-benefício.' Questionado sobre qual a vantagem que o grupo levaria em investir tanto dinheiro em um futebol deficitário, Duprat soltou: 'Nada melhor do que comprar um produto em baixa, se posicionar e esperar que melhore. É um milagre esse acerto', exagerou.

Em tom de ameaça, Duprat diz que espera um aceno positivo do Conselho corintiano em relação à parceria. 'Há outros clubes que interessam, e, se o Corinthians não quiser, iremos procurá-los'. Segundo o empresário, o Palmeiras é um dos clubes que pode se beneficiar com uma possível desistência corintiana.

Gazeta Esportiva