19 de agosto de 2004 - 09:13

Dólar abre em baixa de 0,10% após vitória de Lula no STF

 

O dólar à vista abriu em baixa de 0,10% nesta quinta-feira, sendo negociado por R$ 2,971 na compra e R$ 2,981 na venda. O mercado financeiro brasileiro deve dedicar a manhã à repercussão da vitória do governo com a manutenção da taxação dos servidores inativos, garantida pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O teto de contribuição, no entanto, foi elevado para R$ 2.508,72. A vitória na Justiça era tida como essencial para manter o bom humor do mercado, já que garante eficiência à reforma da Previdência.

O significado político também é importante, já que o governo precisa também de vitórias no âmbito do Congresso, onde enfrenta votações apertadas em questões polêmicas. O mercado financeiro antecipou a decisão do STF na quarta-feira e registrou números bastante positivos, como uma alta de 3,26% na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

Em queda pelo quinto dia consecutivo, o dólar atingiu sua menor cotação desde 5 de maio. Uma realização de lucros nos mercados, portanto, não seria surpresa. Ninguém, contudo, espera um repique das cotações.

Também não foi surpresa a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic nos atuais 16% ao ano. Com o preço do petróleo em disparada no mercado internacional e os sinais de aquecimento econômico interno, os analistas já esperavam que o Banco Central optasse pelo conservadorismo.

O motivo é a defesa das metas de inflação deste e do próximo ano, com garantia da estabilidade econômica. Nesta manhã, o destaque é a inflação medida pelo IGP-M na segunda quadrissemana de agosto, que ficou em 0,62%, contra 1,10% anteriores.

Ainda assim, a taxa ficou acima das projeções, em torno de 0,45%. No cenário externo, o petróleo continua a bater recordes, trazendo preocupação. A commodity atingiu nesta manhã a marca inédita de US$ 47,80 por barril.

No mercado de títulos da dívida externa, os papéis passam por uma leve realização de lucros. O C-Bond, principal deles, tem baixa de 0,19%. O risco-país, porém, tem queda de 1,08%, aos 545 pontos-base.


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