18 de agosto de 2004 - 15:53

Leishmaniose faz 4ª vítima em Três Lagoas

Quatro pessoas morreram este ano, vítimas da leishimaniose, em Três Lagoas, município que fica a 326 quilômetros de Campo Grande. O último caso foi registrado neste final de semana.

A Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas, informou que somente em 2004, foram 23 casos da doença. De acordo com a gerente de Vigilância em Saúde, Gislene Tabox Saiar, um homem de 50 anos, que não foi identificado, foi a última vítima fatal da leishimaniose no município. “Há quatro anos trabalhamos no combate a leishimaniose. Realizamos combate químico, conscientização e ainda mutirão de limpeza e saúde. Infelizmente algumas pessoas insistem em manter vivo o animal que está doente. Esses animais devem ser entregues para o sacrifício, pois eles continuam transmitindo a doença”, explicou Gislene.

A leishimaniose é transmitida pelo mosquito flebótomo, que diferentemente da dengue, se prolifera em matéria orgânica em decomposição. Já o mosquito da dengue, se prolifera em locais com água limpa parada.

No mês de junho, o Centro de Controle de Zoonoses divulgou uma pesquisa sobre os hábitos do mosquito transmissor da leishimaniose. Em um ano de trabalho, os técnicos do centro de Controle de Zoonozes de Campo Grande conseguiram informações importantes sobre o mosquito flebótomo.

Souberam, por exemplo, que ele se prolifera inclusive no inverno e está presente em todas as regiões da cidade. Quando os terrenos estão limpos, fica mais difícil para o flebótomo chegar até os cães que atuam como hospedeiro do mosquito.

A população de cães na Capital é de 130 mil animais, até fevereiro, cinco mil cães com leishimaniose foram sacrificados, sendo que 70% dos cães, que chegam ao Centro, estão com leishmaniose.
 
 
RMT Online