18 de agosto de 2004 - 08:52

Governo vai implodir o que restou do Carandiru

O Parque da Juventude, instalado num espaço de 300 mil m2 antes ocupado pelo complexo penitenciário do Carandiru, na zona norte de São Paulo, terá mudanças em seu projeto original. As obras começaram com a implosão dos pavilhões 6, 8 e 9, em 8 de dezembro de 2002. Agora, pelo menos mais dois dos quatro pavilhões que continuaram de pé serão implodidos.

Nesses prédios funcionariam três centros educacionais e uma Fatec. Segundo a Secretaria Estadual da Casa Civil, responsável pelo projeto, não está definido o destino desses centros, mas já se concluiu que é mais barato construir prédios novos do que adaptar os antigos, que foram degradados pelo uso. Daí a decisão pela implosão.

É possível que dois dos prédios --que estão em melhores condições-- continuem de pé, mas os outros dois vão cair. Os técnicos responsáveis pelas mudanças ainda estão definindo o novo projeto. Uma hipótese é substituir os centros por áreas verdes --que, além de mais baratas, seriam, segundo avaliação do governo, aproveitados por uma parcela maior da população.

Se os centros forem mantidos, devem se dividir entre dois prédios antigos restaurados e dois novos.

Etapas

A primeira etapa do projeto foi entregue em setembro de 2003. É um espaço com dez quadras poliesportivas, equipamentos para ginástica, lanchonete e pistas de skate. Atualmente, estão sendo construídas ciclovias, um espaço para piscicultura e um paredão de rapel.

A etapa seguinte prevê a criação de um centro de cultura --com escolas de música, dança e artes cênicas--, um centro de tecnologia --com biblioteca virtual e um infocentro para que a população tenha acesso à internet--, um espaço para abrigar associações e entidades sociais e uma unidade da Fatec (Fundação Paula Souza).

Na Fatec, deve ser oferecida educação profissional gratuita nos níveis básico, técnico e odontológico.
 
Folha Online